Política

Polícia conclui que namorado matou vereadora e se suicidou

Perícia revela que Rickson Pinto deu um mata-leão em Yanny Brena Alencar, a deixou pendurada e depois se matou. O crime aconteceu em Juazeiro do Norte (CE)

Foto: Reprodução / Instagram

A Polícia Civil do Ceará concluiu que feminicídio seguido de suicídio foram as causas das mortes da vereadora Yanny Brena Alencar (PL) e seu namorado, Rickson Pinto Lucena

Yanny tinha 26 anos, era médica e presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Ela foi encontrada morta ao lado do rapaz no dia 3 de março, na casa onde o casal residia, no bairro Lagoa Seca.

De acordo com a Perícia Forense (Pefoce), através da Delegacia da Mulher de Juazeiro do Norte, Yanny morreu após ter sofrido um mata-leão, golpe em que o agressor se posiciona atrás das costas da vítima e a sufoca com os braços em volta do pescoço dela.

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Rickson Pinto, 28 anos, que se apresentava como atleta de vaquejada e não tinha emprego fixo, teria aplicado o golpe na vereadora com o objetivo de sufocá-la até perder os sentidos.

Em seguida, segundo a perícia, a vereadora foi colocada em “suspensão incompleta”, ou seja, ficou pendurada por uma corda e amarrada por um objeto. Logo depois, ele se matou.

As investigações revelaram que Rickson teria desligado as câmeras da casa e agido sozinho, sem a presença de uma terceira pessoa. Ele tinha antecedentes criminais por posse ilegal de arma de fogo.

As câmeras deixaram de registrar imagens às 17h31 de 2 de março, um dia antes dos dois serem encontrados mortos. O casal estava junto desde 2020.

Ferimentos indicavam luta corporal

Dias antes, a polícia tinha informado que Yanny havia sido asfixiada, com base nos exames realizados nos corpos. 

A parlamentar apresentava ferimentos no pescoço, no abdômen e suas unhas estavam quebradas, o que poderia indicar luta corporal. Além disso, um cabo do aparelho de TV foi usado no crime.

Uma das amigas da vereadora disse à polícia, em depoimento, que a presidente da Câmara de Juazeiro do Norte já tinha afirmado, cerca de duas semanas antes de ser encontrada morta, que não queria continuar pagando as despesas de Rickson, com o qual mantinha um relacionamento amoroso.

A amiga ainda disse à polícia que Rickson nunca dividia as despesas do casal, o que levava a vereadora a arcar com tudo.

*Com informações do Portal R7

Erika Santos, editora-executiva do Folha Vitória
Erika Santos Editora-executiva
Editora-executiva
Jornalista formada pela Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), com MBA em Jornalismo Empresarial e Assessoria de Imprensa.