Política

Ministério de Damares quer que Netflix retire o filme 'Cuties' do catálogo

Secretário dos Direitos da Criança e do Adolescente enviou ofício para a procuradora-geral de Justiça alegando a presença de pornografia infantil no filme

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O secretário naciona dos Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício José da Silva Cunha, do ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, pediu a coordenadora da Comissão Permanente da Infância e Juventude, Denise Villela, que realize uma medida judicial para suspender a exibição do filme “Cuties” da plataforma de streaming Netflix. Outra exigência da pasta é a investigação de responsabilidade por parte da empresa pela oferta e distribuição do filme, que teria conteúdo pornográfico infantil.

O filme, que possui título original em francês Mignonnes, mas nos Estados Unidos e no Brasil recebeu o título de Cuties é protagonizado por uma menina de 11 anos. No texto do ofício, o secretário afirma que o filme mostra cenas de pornografia envolvendo crianças. “Oferta de sexo pela menina a um homem adulto, em troca de um aparelho celular, fato que, obviamente, excede o limite da liberdade de expressão para incitar a pedofilia e a exploração sexual de crianças”, citou no ofício.

O filme

O filme francês Mignonnes foi lançado em 2020. O longa foi escrito e dirigido pela franco-senegalesa Maïmouna Doucouré.

A narrativa aborda a vida de uma garota franco-senegalesa, que teve a educação baseada em preceitos tradicionais da religião muçulmana. No entanto, a criança se vê em uma dúvida entre os valores da religião e a tradição exibida na internet.

A produção vem recebendo várias críticas desde a estreia no festival Sundance Film Festival, no início deste ano. Diversas correntes sociopolíticas apontam uma forma de sexualização infantil durante o filme.

Em agosto, a plataforma Netflix se desculpou pelo pôster de divulgação do longa. “Pedimos perdão pela arte inapropriada que usamos para o filme Cuties. Foi errado, e a arte não representava corretamente o conteúdo deste filme francês que venceu um prêmio em Sundance”, afirmou um porta-voz da empresa mundial.

* Com informações do Portal R7