Em uma ação civil pública movida por improbidade administrativa, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) pediu à Justiça o bloqueio dos bens do prefeito de Pedro Canário, Antônio Wilson Fiorot, do procurador municipal, Diego Rufino Torres de Azevedo Griffo, e também do presidente da Comissão Permanente de Licitação da cidade, Tiago da Silva Nascimento.
A indisponibilidade de bens solicitada é equivalente a duas vezes o valor da remuneração recebida pelos denunciados. Caso a Justiça acate o pedido do órgão ministerial, Fiorot pode ter R$ 19 mil bloqueados.
Os três são acusados de irregularidades no procedimento licitatório de contratação de mão de obra com uso de material para a construção de rede de drenagem subterrânea e aplicação de solo brita em parte da Rua Cridasa, no distrito de Cristal do Norte.
De acordo com a ação civil pública, a licitação apresentou cláusulas que permitiam o prévio conhecimento dos interessados em participar do certame, bem como cláusulas que restringiam a competitividade do processo.
O edital, elaborado pelo presidente da Comissão Permanente de Licitação e aprovado pelo procurador do município, foi homologado pelo prefeito, que assinou o contrato com a sociedade empresária A2 Construções e Serviços LTDA EPP, o que teria ferido o princípio da legalidade.