Política

Moraes autoriza visitas de 24 parlamentares a Braga Netto na prisão

General e ex-ministro está preso por tentar obstruir investigações sobre golpe

Braga Netto
Foto: Isac Nóbrega/PR

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a visita de 23 senadores e um deputado federal ao general da reserva e ex-ministro Walter Braga Netto na prisão.

A determinação atende a pedidos apresentados pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

De acordo com a decisão, cada parlamentar terá direito a um dia de visita à Vila Militar do Rio de Janeiro, onde Braga Netto está detido. O limite máximo é de três visitas individuais por dia, em datas a serem definidas junto à unidade militar.

É proibida a entrada de assessores, seguranças ou da imprensa.

Os congressistas também não podem entrar com celulares, equipamentos fotográficos ou qualquer outro dispositivo eletrônico, e é vedado qualquer registro de imagens dentro do local.

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Parlamentares autorizados a visitar Braga Netto:

– Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);

– Izalci Lucas (PL-DF);

– Plínio Valério (PSDB-AM);

– Rogério Marinho (PL-RN);

– Chico Rodrigues (PSB-RR);

– Marcio Bittar (União-AC);

– Luis Carlos Heinze (PP-RS);

– Hamilton Mourão (Republicanos-RS);

– Marcos Rogério (PL-RO);

– Sergio Moro (União-PR);

– Eduardo Girão (Novo-CE);

– Laercio Oliveira (PP-SE);

– Nelsinho Trad (PSD-MS);

– Mecias de Jesus (Republicanos-RR);

– Romario Faria (PL-RJ);

– Alan Rick (União-AC);

– Jorge Kajuru (PSB-GO);

– Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG);

– Styvenson Valentim (PSDB-RN);

– Teresa Cristina (PP-MS);

– Zequinha Marinho (Podemos-PA);

– Dr. Hiran (PP-RR);

– Carlos Portinho (PL-RJ);

– Damares Alves (Republicanos-DF).

Walter Braga Netto é um dos oito integrantes do primeiro núcleo da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ao lado de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A denúncia contra eles foi aceita pelo STF em 26 de março, tornando-os réus por tentativa de golpe de Estado.

O grupo é acusado de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Braga Netto foi preso após pedido da Polícia Federal (PF) e com parecer favorável da PGR.

Segundo a PF, o general tentou interferir na investigação do plano de golpe e obter acesso ao conteúdo da colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e também réu no caso.