Política

Moraes estica de novo o inquérito das milícias digitais

A decisão atende a um pedido da Polícia Federal e prorroga a apuração até setembro deste ano, um mês antes das eleições

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Logo após rodada de depoimentos que abasteceram a investigação sobre suposta trama de golpe de Estado pelo governo Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estendeu por mais seis meses o inquérito das milícias digitais. 

A decisão atende a um pedido da Polícia Federal e estica a apuração até setembro, perto das eleições municipais.

O novo prazo de Moraes à PF expira em 13 de setembro, a apenas cerca de 20 dias do pleito em todos os municípios do País, opondo mais uma vez bolsonaristas e petistas na grande corrida pelas prefeituras, especialmente as das capitais onde o pega é mais acirrado.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

O inquérito concentra os principais achados da PF sobre o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. 

Foi no bojo desta investigação que o ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, fechou delação premiada, colocando o ex-chefe do Executivo na mira de três braços de apuração: o das joias sauditas, o da suposta fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro e o da possível tentativa de golpe de Estado.

Trata-se da segunda prorrogação do inquérito em 2024. Em janeiro, Moraes já havia atendido um pedido da PF e estendido as investigações por mais 90 dias. Agora, assim como fez na época, o ministro assinala a necessidade de conclusão de diligencias pendentes.