Buscando formas de reduzir o feminicídio e todas as outras formas de violência contra a mulher no Estado, o governador Paulo Hartung (PMDB) realizou uma reunião na manhã desta segunda-feira (16) com membros do secretariado, diretores de órgãos e empresas públicas estaduais para discutirem os projetos estruturantes e formas de ampliar também para os municípios do interior o Movimento de Combate à Violência Contra a Mulher.
O lançamento do programa fora da Grande Vitória acontece nesta sexta-feira (20), em Cachoeiro de Itapemirim, a partir das 9h30, no Teatro Rubem Braga.
De acordo com Hartung, o Movimento de Combate à Violência Contra a Mulher aborda um tema desafiador porque envolve mudança de cultura e comportamento da sociedade. O governador ainda manifestou o desejo que o tema seja constante nas agendas palacianas, em todas as áreas de atuação.
“Nos últimos dias levei o tema nas agendas de trabalho que fiz no Caparaó, em Venda Nova do Imigrante e em Brejetuba. Estávamos falando de obras, estradas e barragens, mas aproveitamos para debater o tema”, exemplificou.
Mobilização dos poderes
Hartung acredita que para que o Espírito Santo deixe para trás o estigma de ser um dos estados com mais violência contra a mulher no Brasil é preciso a união de todos os poderes e segmentos da sociedade.
“Necessitamos que este tema entre nos espaços de vida das famílias. Uma criança que assiste ao pai agredindo a mãe ao longo da vida acaba aprendendo a cultura da violência. Precisamos fortalecer a cultura de paz. O desafio é transformar essa ação em uma poderosa mobilização para pôr fim ao machismo e mudar a cultura de propriedade que os homens têm sobre as mulheres”, frisou.
O programa
Com mais de 100 mulheres mortas somente esse ano, O Movimento de Combate à Violência Contra a Mulher foi lançado pelo Governo do Estado na última semana, em evento que contou a participação de grande parte do secretariado.
De acordo com um levantamento do Atlas da Violência, do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), o Espírito Santo é o 6º Estado com maior número de mortes de mulheres no Brasil e, somente este ano, 103 já foram vítimas de feminicídio em cidades capixabas.