Apoiadores, simpatizantes e também grupos contrários ao ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva, programam manifestações para antes e durante o julgamento do habeas corpus preventivo do petista, que acontece na próxima quarta-feira (04) no Supremo Tribunal Federal.
O Movimento Brasil Livre (MBL/ES) inicia os atos a favor da prisão do ex-presidente e dos condenados em segunda instância já nesta segunda-feira (2), a partir das 17h30, no Pedágio da Terceira Ponte. Na terça-feira (3), um dia antes do julgamento, o grupo se reúne na Praça Costa Pereira, em Vitória, a partir das 18h.
Segundo a coordenadora estadual do Movimento Brasil Livre, Raquel Gerde, o ato desta segunda-feira é para convocar os capixabas para a manifestação de terça-feira.
“Hoje estaremos no Pedágio da Terceira Ponte para convocar a população para o ato de amanhã. Vamos protestar contra o absurdo que o STF fez em dar uma liminar para o Lula e a favor da prisão em segunda instância. Vamos nos reunir na Costa Pereira porque foi lá que o Lula fez seu último discurso, então estaremos no mesmo local para pedir a prisão dele”, explicou.
Movimentos pró-Lula também organizam atos na Capital. Segundo o membro da coordenação do Frente Brasil Popular, Chico Celso, está previsto uma vigília no entorno da Justiça Federal do Espírito Santo para acompanhar o julgamento na próxima quarta-feira (4). Para ele, a suspensão da decisão representa um bom indicativo e as expectativas são boas.
“A gente está confiante porque a suspensão da decisão já foi um indicativo além do que, a ultima votação a respeito da prisão em segundo grau foi apertada e há manifestações do Gilmar se inclinando para mudar de posição. Creio então que vai obter habeas corpus sim”, conta.
Julgamento
O habeas corpus preventivo com o qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer evitar sua prisão após condenação pela segunda instância da Justiça Federal no caso do tríplex do Guarujá (SP), será julgado nesta quarta-feira (4)
Os 11 ministros que compõem a Corte devem agora entrar no mérito do pedido de liberdade de Lula, que não foi abordado no julgamento iniciado em 22 de março, quando o ex-presidente ainda tinha um recurso pendente de julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre.
As cinco horas da sessão plenária daquele primeiro dia de julgamento foram dedicadas somente à discussão sobre o cabimento ou não do habeas corpus de Lula, que acabou sendo aceito por sete votos a quatro. Na ocasião, foi concedida, por seis votos a cinco, uma liminar ao ex-presidente para garantir sua liberdade até a análise final do habeas corpus, no dia 4 de abril.