Política

MPES afasta servidores de Piúma e investiga pagamento de propina e superfaturamento em contratos

Segundo o MPES, há fortes indícios de envolvimento de agentes políticos e servidores municipais no recebimento de propina de empresários de setor de limpeza

Foto: Divulgação MPES

Dois servidores públicos de Piúma foram afastados das funções nesta quinta-feira (17) durante uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES). A ação, coordenada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça Judicial e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), investiga pagamento de propina a servidores e superfaturamentos em contratos de limpeza pública.

Além dos afastamentos dos funcionários, também foram expedidos quatro mandados para proibir o acesso das pessoas às dependências de órgãos públicos e 12 mandados de busca e apreensão, sendo três em Piúma, dois em Linhares, um em Vila Velha, dois em Cariacica, um em Cachoeiro de Itapemirim, três em Anchieta. 

O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que atua no pagamento de propinas a servidores por favorecimento em contratos administrativos de prestação de serviço público. Segundo o MPES, há fortes indícios de envolvimento de agentes políticos e servidores municipais no recebimento de propina de empresários de setor de limpeza, que culminaram no enriquecimento indevido dos envolvidos.

Serão analisados documentos, computadores, dados e depoimentos de investigados, que serão colhidos nas próximas semanas. Os investigados podem responder por organização criminosa, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. A operação conta com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e da Polícia Militar.