Se quiserem conquistar o voto dos eleitores capixabas nas eleições deste ano, os candidatos ao governo do Espírito Santo precisarão oferecer soluções concretas para dilemas como segurança pública, saúde, educação, inclusão social e meio ambiente. Além disso, o eleitorado estará mais atento às propostas que possam ser percebidas como viáveis e sinceras. Ou seja: não adianta ficar na base do discurso apenas.
Essa ´é a perspectiva apresentada por especialistas de Marketing Político no Estado, entre eles o analista político Lucas Margotto, da Brand Consultoria.
Margotto reforça que, diferentemente do que ocorreu no pleito de 2018, em 2022 o debate vai girar em torno da recuperação econômica do Brasil e dos estados, tendo como ponto de partida os desafios impostos pela pandemia da covid-19, que lançou o planeta em uma das maiores crises sanitárias da História e que também foi o motivo da queda de diversos mandatários mundo afora.
“Na eleição deste ano, a economia será o assunto principal no debate em busca do voto dos eleitores. A discussão ficará atrelada a questões como consumo, renda, atividade econômica, desemprego e ao comportamento da inflação”, explica o analista, que ressalta ainda que esses são problemas que, ao que tudo indica, não terão solução no curto prazo.
E vai ser nessa hora, segundo Margotto, que os candidatos a chefe do Executivo estadual terão de oferecer, em suas campanhas e também nos debates, soluções reais para esses desafios.
“Acredito que precisarão compreender os problemas reais que incomodam os capixabas hoje, bem como se apresentar como agentes capazes de resolvê-los, contando com uma boa bagagem técnica somada à experiência política; ou seja, reunir o melhor desses dois mundos em um só projeto eleitoral”, frisou.
Já para Darlan Campos, também consultor e analista político, com experiência em mentoria de campanhas eleitorais, os postulantes a cargos majoritários no Estado, assim como os que disputam pelo formato proporcional (deputados estaduais e federais), terão como principal “dever de casa” um estudo profundo acerca das demandas da população e do contexto em que a disputa acontecerá.
“Só a partir daí é que será possível pensar estratégias de abordagem a um eleitor ainda ressabiado com promessas não cumpridas e cada vez mais exigente”, afirmou Campos.
Nomes
Hoje, o Estado conta com nove nomes na disputa pelo comando do Palácio Anchieta. A maioria é conhecida do eleitorado, uma vez que já exerceram ou ainda exercem mandatos políticos; alguns, inclusive já foram prefeitos de grandes municípios do Estado.
Na fila de pré-candidatos, puxada pelo empresário Aridelmo Teixeira (Novo), também estão o ex-prefeito da Serra Audifax Barcelos (Rede); o ex-deputado federal Carlos Manato; o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Erick Musso (Republicanos); o senador Fabiano Contarato (PT); o deputado federal Felipe Rigoni; o ex-prefeito de Linhares Guerino Zanon (PSD); o atual governador do Estado, Renato Casagrande (PSB); e o policial militar Vinícius Sousa.
Reportagem: Tiago Alencar
