O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a votação final da CPI da Covid não será ‘feita com o estômago’: “A gente vai votar aquilo que é correto. Não presidi uma CPI seis meses para chegar o relatório e achar que o fígado vai me vencer.”
O senador também afirmou que discorda da posição do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a CPI: “”Eu não acho que tenha genocídio, tem que se provar isso. E eu não tô aqui para fazer cavalo de batalha em relatório não”.
Aziz criticou as declarações do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre suas conclusões no relatório final. “Eu acho deselegante estar vazando acho que faltou respeito, pelo menos ao G7 (ala majoritária da comissão que une oposicionistas e independentes). Então, não é legal”, disse ao Estadão.
O presidente da CPI da Covid declarou que não existe um consenso ou uma articulação entre os senadores em torno do relatório.
“Não conversei com Renan sobre relatório nenhum. Aliás, ele não conversou com ninguém dos senadores. Nenhum desses crimes, eu não sei. Ele vai ter de dizer por quê”, afirmou.
Senador suplente na CPI se antecipa e divulga relatório paralelo
Suplente na CPI, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) se antecipou e divulgou ontem um relatório paralelo.
No parecer, o parlamentar sugeriu o indiciamento de 17 investigados, incluindo Bolsonaro, mas não seus filhos: “Ser um babaca não é crime. Falar coisas estúpidas, em regra, também não. Mas fazer gestão pública baseada em coisas estúpidas é crime”, disse.
“As condutas referentes à desinformação serão melhor apuradas na CPMI das Fake News e no inquérito do STF. O foco da CPI deve ser a pandemia, especialmente as mortes evitáveis que a política criminosa de Bolsonaro causou”, disse.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.