O governador licenciado Paulo Hartung (PMDB) disse que, apesar da licença médica, segue trabalhando com o governador em exercício, César Colnago (PSDB) e o secretário de segurança André Garcia para uma profunda reestruturação na Polícia Militar do Espírito Santo. “No que depender de mim, não restará pedra sobre pedra”, afirmou Hartung em entrevista concedida à Globo News.
De acordo com o governador, um grupo de trabalho foi criado para “profunda investigação” dos responsáveis pelo movimento de paralisação da PM no Estado. “Queremos saber os autores desses crimes”, vaticinou.
Para Hartung, o momento é de realizar uma reestruturação não só na polícia militar, mas também promover uma melhora nas condições do serviço público.
Crise na segurança pública
Familiares e amigos de policiais militares iniciaram, na última sexta-feira (3), um movimento que impedia os militares de saírem dos batalhões. O movimento cresceu e, desde então, além do impedimento promovido pelo grupo, militares também se aquartelaram, ou seja, não saem dos batalhões.
Em seis dias de paralisação, serviços como transporte público e escolas também não funcionaram devido à falta de segurança. Mais de 100 mortes foram registradas em todo o Espírito Santo. Cerca de dois mil homens da Força Nacional, Exército Brasileiro e Marinha do Brasil realizam patrulhamento ostensivo no Estado.
Licença médica
O governador Paulo Hartung deixou o posto nas mãos de seu vice, César Colnago, para passar por uma cirurgia de retirada de tumor na bexiga no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Após receber alta, Hartung voltou ao Estado na terça-feira (8) para participar de coletiva sobre a crise na segurança do Espírito Santo.