Política

ONG internacional divulga relatório com críticas a Bolsonaro

Human Rights Watch apontou que Presidente tentou sabotar contenção da pandemia, minimizou riscos de transmissão e trocou ministros da Saúde

Foto: reprodução do youtube

A ONG internacional Human Rights Watch (HRW divulgou nesta quarta (13) a 31ª edição do relatório anual sobre os direitos humanos em mais de 100 países e fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro. A HRW condena a gestão do governo brasileiro durante a pandemia do novo coronavírus e destaca que o Presidente tentou sabotar a contenção da pandemia, minimizou os riscos de transmissão da doença e fez diversas trocas na liderança do Ministério da Saúde.

“O presidente Bolsonaro subestimou a covid-19, que ele chamou de ‘gripezinha’; se recusou a tomar medidas para se proteger; disseminou informações erradas; e tentou bloquear estados de impor distanciamento social. A administração dele tentou esconder informações sobre a covid-19 do público. Ele demitiu o ministro da Saúde por defender as recomendações da Organização Mundial da Saúde e o substituto se demitiu por se opor à defesa do Presidente de uma droga não eficaz no tratamento da covid-19”, resumiu o documento.

A HRW enfatizou também que a população negra e indígena são as mais vulneráveis na pandemia pela falta de acesso à saúde e ressaltou que a pandemia chegou aos presídios lotados, onde não há médicos.

Meio ambiente

A política ambiental do governo Bolsonaro também foi alvo de críticas. Em 2020, as queimadas no Pantanal foram “a maior destruição em mais de duas décadas”, afirmou a ONG. O documento salientou que, desde 2019, “a administração de Bolsonaro enfraqueceu as leis ambientais”.

A Human Rights Watch alertou ainda que 200 pessoas foram assassinadas por causa de terras e recursos na Amazônia. “Na grande maioria dos casos, os assassinos não foram levados à Justiça”.

Violência no Rio

O relatório chama a atenção para o número de assassinatos por policiais no Rio de Janeiro em 2020, que foi o mais alto desde 2003, com 744 mortes, apesar da queda no número de crimes por conta das medidas de restrição durante a pandemia. O número de assassinatos em todo o País subiu 6% no ano passado.

“Enquanto algumas mortes por policiais são em legítima defesa, muitas outras são resultado de uso excessivo de força. Abuso policial contribui para um ciclo de violência que prejudica a segurança pública e coloca em risco a vida de civis e policiais”, diz o documento.

Com informações do Portal R7

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