Política

Partido Progressistas anuncia apoio a Rodrigo Pacheco no Senado

Bancada da legenda no Senado tem sete parlamentares e apoio foi anunciado no dia que Simone Tebet, do MDB, anunciou que vai concorrer à presidência

Estadão Conteúdo

Redação Folha Vitória
Foto: Agência Brasil
Rodrigo Pacheco é o candidato do atual presidente do Senado e tem apoio do Planalto

A definição de alianças em torno da disputa pela presidência do Senado tem avançado na Casa após o lançamento nesta terça-feira (12) da candidatura de Simone Tebet (MS) pelo MDB. O candidato do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), conquistou nesta quarta (13) o apoio do Progressistas, com sete senadores, enquanto Tebet conseguiu a adesão da bancada do Cidadania, com três senadores, e também do Podemos, que tem nove senadores. No entanto, apesar da confirmação do Podemos, integrantes da bancada não descartam lançar candidato próprio caso a campanha de Tebet não consiga se mostrar competitiva diante do bloco formado em torno de Pacheco.

Em campanha explícita há algumas semanas, Pacheco reuniu até aqui 38 senadores, somada já a bancada do Progressistas. A adesão consolida a aproximação do presidente Jair Bolsonaro com o candidato de Alcolumbre. O presidente do Progressistas e líder do partido no Senado, Ciro Nogueira (PI), justificou o apoio classificando Pacheco como um nome reformista, cuja atuação será decisiva para a recuperação da economia do país em meio à crise provocada pela covid-19.

"Acreditamos que o senador Rodrigo Pacheco se identifica com os anseios progressistas de unificar o Senado Federal em torno de projetos que vão garantir a retomada do crescimento econômico do país pós-pandemia e as reformas de que o Brasil precisa", diz a nota divulgada pelo PP, a oitava bancada fechada com Pacheco (DEM, PSD, PT, PL, PROS Republicanos, PSC e PP).

Além do MDB, que tem a maior bancada da Casa, com 15 senadores, Simone Tebet conta agora com os 3 senadores do Cidadania e 9 do Podemos, a terceira maior bancada da Casa. Tebet lançou sua candidatura procurando se apresentar como uma opção para o comando do Senado mais independente de Bolsonaro que Pacheco, candidato pelo qual o presidente já declarou "simpatia".

O Podemos, que faz oposição interna ao atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre, anunciou sua decisão após uma sabatina informal dos integrantes da legenda com a emedebista. Nas negociações com Tebet, o partido pediu a primeira vice-presidência do Senado (atualmente, tem a segunda vice), mas essa negociação ainda depende das conversas com outros partidos.

A senadora se identifica com as pautas defendidas pelo Podemos, entre elas a defesa da Operação Lava Jato, justamente o que levou o PT a recusar uma aliança com a candidata do MDB. Apesar do anúncio, o partido da Lava Jato, como é conhecido, ainda está dividido. Integrantes da sigla afirmam que, se Tebet não conseguir viabilizar uma candidatura forte, capaz de bater o candidato de Alcolumbre, poderão lançar candidaturas próprias em forma de protesto. Até o fim do dia, Tebet espera consolidar um bloco também com PSDB e PSL. Juntos com o MDB, Cidadania e Podemos, esses partidos somariam 36 senadores, número habilitado de fato a fazer frente ao bloco já reunido por Pacheco, que tem 38 senadores.

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