Política

Bolsonaro compara vandalismo a atos da esquerda e repudia acusação de Lula

Mais cedo, o atual presidente decretou intervenção federal no DF e afirmou que o ex-chefe do Executivo estimulou a invasão, mesmo por meio das redes sociais

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repudiou as acusações contra ele realizadas pelo atual chefe do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em função dos atos de grupos radicais e violentos bolsonaristas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília neste domingo, 8. Segundo Bolsonaro, Lula não tem provas das acusações que fez.

Mais cedo, Lula atribuiu a Bolsonaro o incentivo e estímulo aos atos antidemocráticos na capital do País, citando "vários discursos" do ex-presidente estimulando atos como o ocorrido hoje.

"Repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do Executivo do Brasil", disse Bolsonaro, em sua página oficial no Twitter. "Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade", completou.

O ex-presidente disse que os atos de hoje não fazem parte da democracia, mas os comparou aos protestos realizados pela esquerda em 2013 e 2017. "Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra."

Bolsonaro disse ainda que sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição e rebateu as acusações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que ele também era responsável pelo movimento golpista que atacou prédios públicos dos Três Poderes da República.

Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro do ano passado, tendo deixado o país sem passar a faixa ao novo presidente.

Mais cedo, Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal, chamou Bolsonaro de "genocida" e afirmou que ele estimulou a invasão dos terroristas mesmo por meio das redes sociais.

"Esse genocida [Jair Bolsonaro], não só provocou isso, estimulou isso, como ainda estimula nas redes sociais de Miami, para onde ele fugiu", disse Lula.

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Congresso vai votar intervenção federal no DF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou sessão extraordinária do Congresso Nacional para votar a intervenção federal no Distrito Federal decretada pelo presidente Lula.

Neste domingo (8), extremistas bolsonaristas que não aceitam a vitória de Lula nas urnas em 2022 furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal e deram início a uma grande invasão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Os prédios do Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional foram invadidos e depredados.