Veja lista de bolsonaristas golpistas presos no Distrito Federal
O governo do DF realiza a transferência dos detidos, que estavam na Divisão de Controle e Custódia de Presos, a carceragem da Polícia Civil do DF (PCDF) desde domingo (08)
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape), para fazer valer a decisão da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, divulgou, na manhã desta terça-feira (10), uma lista do sistema penitenciário da localidade, em razão dos atos terroristas acontecidos nas sedes dos Três Poderes no último domingo (8).
Segundo informações do Portal R7, o número de pessoas presas pelo vandalismo durante os atos antidemocráticos em Brasília, subiu para 351, na manhã desta terça-feira (10). Eles foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória 2, na Papuda, e para a Penitenciária Feminina, prisões locais do Distrito Federal. Veja:
O governo do DF, por meio da Seape, realiza a transferência dos detidos, que estavam na Divisão de Controle e Custódia de Presos, a carceragem da Polícia Civil do DF (PCDF) desde domingo (8).
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Até a última divulgação da Seape, às 10h40 (horário de Brasília) desta terça (10), eram 232 homens e 119 mulheres. O número continua em constante atualização. No fim da tarde de segunda (9), eram 201 pessoas.
Em nota atualizada, a secretaria informou que:
"As pessoas presas nos atos de invasão e depredação na Praça dos Três Poderes estão sendo transferidas para o Centro de Detenção Provisória II e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Até o momento (13h55min), foram transferidas para os presídios do DF 447 pessoas, sendo 287 homens e 160 mulheres".
Já de acordo com o jornal O Estado de São Paulo, já foram presas 527 pessoas envolvidas nos atos golpistas. Dos 1.500 detidos, 599 foram liberados por "questões humanitárias", como idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças.
As pessoas detidas foram conduzidas para a Academia Nacional de Polícia, em Brasília, após determinação do Supremo Tribunal Federal.
De acordo com a PF, todos estão sendo submetidos aos procedimentos de polícia judiciária. "Após os trâmites realizados pela Polícia Federal, os presos estão sendo apresentados à Polícia Civil do DF, responsável pelo encaminhamento dos detidos ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional", afirmou a instituição em nota.
Ainda de acordo com a PF, os procedimentos estão sendo acompanhados pela Ordem dos Advogados do Brasil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Saúde do DF, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Defensoria Pública da União.
"Todos estão recebendo alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico quando necessário", garantiu a instituição.
Relembre episódio em Brasília neste domingo (8)
Manifestantes radicais, que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022, furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal na tarde deste domingo (8) e deram início a uma grande invasão na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que iniciaram o ato no Congresso Nacional, também se dirigiram ao Palácio do Planalto e à Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal (STF), com o discurso de fazer uma intervenção em todos os Poderes.
Os invasores, além de pedirem a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a intervenção das Forças Armadas, também querem a volta de Bolsonaro ao poder, mesmo sem respaldo na Constituição.
No momento da invasão, manifestantes derrubaram as grades do local de acesso ao prédio do Congresso Nacional. A polícia soltou gás de pimenta, mas, mesmo assim, pessoas que estavam na manifestação furaram o bloqueio de segurança.
Os invasores reagiram às bombas de efeito moral usadas pelas forças policiais e conseguiram afastar as tropas. Após invadirem o Congresso, os manifestantes se dirigiram à rampa do Palácio do Planalto.
Do lado de fora do Congresso, os apoiadores de Bolsonaro aplaudiram a chegada da Polícia Militar. Transmissões ao vivo, em redes sociais como Instagram e Tik Tok, mostram os manifestantes chamando policiais de patriotas, além de alguns agentes tirando selfies com os apoiadores do ex-presidente.