Vídeos mostram grupos radicais invadindo Congresso Nacional e STF em Brasília
Uma bandeira com as cores verde e amarela foi estendida no local. As imagens mostram que os policiais reagiram com bombas; assista
Vídeos já viralizam nas redes sociais mostrando o momento em que os extremistas bolsonaristas, que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022, subiram a rampa do Congresso Nacional, em Brasília, e invadiram a parte de cima, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, neste domingo (8).
Uma bandeira com as cores verde e amarela foi estendida no local. As imagens mostram que os policiais reagiram com bombas. Veja:
Diante de ameaças de radicais violentas e a chegada de caravanas contrárias ao resultado das eleições presidenciais a Brasília, o governo federal autorizou o uso da Força Nacional na capital federal entre este sábado (7) e segunda-feira (9). O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou uma portaria com o aval.
O ato pede intervenção das Forças Armadas e a prisão do presidente Lula. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que iniciaram o ato no Congresso Nacional, também se dirigiram ao Palácio do Planalto e à Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal (STF), com o discurso de fazer uma intervenção em todos os Poderes.
Os invasores, além de pedirem a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a intervenção das Forças Armadas, também querem a volta de Bolsonaro ao poder, mesmo sem respaldo na Constituição.
Entenda cronologia
No momento da invasão, manifestantes derrubaram as grades do local de acesso ao prédio do Congresso Nacional. A polícia soltou gás de pimenta, mas, mesmo assim, pessoas que estavam na manifestação furaram o bloqueio de segurança.
Os invasores reagiram às bombas de efeito moral usadas pelas forças policiais e conseguiram afastar as tropas. Depois de invadirem o Congresso, os manifestantes se dirigiram à rampa do Palácio do Planalto.
Do lado de fora do Congresso, os apoiadores de Bolsonaro aplaudiram a chegada da Polícia Militar. Transmissões ao vivo, em redes sociais como Instagram e Tik Tok, mostram os manifestantes chamando policiais de patriotas, além de alguns agentes tirando selfies com os apoiadores do ex-presidente.
Fomento nas redes sociais
Em grupos restritos, apoiadores de Bolsonaro falavam em invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo, segundo eles, é tirar Lula e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do poder com uma intervenção militar.
Sobre o assunto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, via assessoria, que está em Brasília e “acompanhando a situação, ao mesmo tempo que mantém diálogo com o Governo do Distrito Federal”.
No sábado (7), Dino autorizou o uso da Força Nacional para conter os atos e a Esplanada dos Ministérios foi fechada para veículos. Os manifestantes, porém, caminharam a pé do quartel general do Exército e foram até o Congresso Nacional, com faixas pedindo “Lula na cadeia”, “intervenção militar” e “Bolsonaro presidente”.
A convocação foi feita por grupos de apoiadores do ex-presidente. O discurso de pessoas que chamaram as manifestações nas redes sociais é esperar alguma ação das Forças Armadas contra o governo Lula, medida que contraria a Constituição, mesmo que não haja nenhum indício por parte dos militares de que isso vá ocorrer.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram o momento em que os manifestantes subiram a rampa do Congresso Nacional e invadiram a parte de cima, onde ficam as cúpulas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. Uma bandeira com as cores verde e amarela foi estendida no local. As imagens mostram que os policiais reagiram com bombas.
Segundo informações da Record News, os manifestantes chegaram a quebrar janelas no Congresso Nacional.
Caravanas
A área central de Brasília foi interditada no último sábado (07) após a chegada de vários ônibus com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Manifestações estão sendo convocadas pelos bolsonaristas pelas redes sociais e grupos de aplicativo, como WhatsApp e Telegram.
Diante de ameaças de manifestações violentas e a chegada de caravanas contrárias ao resultado das eleições presidenciais a Brasília, o governo federal autorizou o uso da Força Nacional na capital federal entre este sábado (07) e segunda-feira (09). O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, assinou uma portaria com o aval.
Parte da tropa já está na Esplanada dos Ministérios. Mais cedo, também pelas redes sociais, Dino afirmou que articula junto à Polícia Federal, à Polícia Rodoviária Federal, ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e ao ministro da Defesa, José Múcio, medidas para coibir e penalizar atos antidemocráticos.
Decretada intervenção federal no DF
O presidente Lula (PT), afirmou, em rede nacional, que assina decreto neste domingo (08) promovendo intervenção federal no Distrito Federal, diante das violentas ameaças à democracia. O decreto já entrou em vigor na data da publicação.
Como interventor, Luiz Inácio nomeou Ricardo Garcia Cappelli. A medida será válida até o próximo dia 31 de janeiro de 2023. Confira documento na íntegra: