Política

Esplanada terá 2 mil PMs em 8 de janeiro, 4 vezes mais do que no dia do ataque aos Três Poderes

Esquema de segurança do evento "Democracia Inabalada" prevê ainda que 250 agentes da Força Nacional estejam de prontidão no Ministério da Justiça

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

O evento que marca um ano do ataque de 8 de janeiro contará com um policiamento quatro vezes maior do que o que estava disponível no dia dos atos golpistas de 2023. 

Um acordo firmado entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Governo do Distrito Federal nesta quinta-feira (4) prevê mais de 2 mil policiais militares do DF fazendo o patrulhamento ostensivo na capital.

Segundo relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou a tentativa de golpe e finalizou os trabalhos em outubro, havia 580 policiais militares escalados para estarem na Esplanada no dia dos ataques, em 8 de janeiro de 2023. 

Segundo o relatório, 180 dos PMs eram praças em formação, “sem preparo para confrontos ou contenção de distúrbios”. O mesmo relatório compara o contingente com o empregado durante a posse presidencial, que foi de 2.051 policiais.

Já o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos do Distrito Federal, entregue em novembro passado, aponta que o número foi ainda menor: 331 policiais militares teriam sido disponibilizados para o dia. Considerando este número, o contingente de policiais escalados agora seria 504% maior do que o disponível em 2023.

O documento firmado nesta quinta para reforçar a segurança do evento “Democracia Inabalada” prevê ainda que 250 agentes da Força Nacional estejam de prontidão no Ministério da Justiça. A Esplanada ficará fechada na Avenida José Sarney, próxima ao Congresso Nacional.

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O Congresso também suspendeu, entre os dias 4 e 9 de janeiro, o programa de visitação do prédio. De acordo com assessoria de comunicação do Senado Federal, trata-se de um procedimento de segurança para o evento.

O reforço ocorre para garantir a segurança da cerimônia que relembra o ataque e reafirma o compromisso com a democracia. O ato será realizado em conjunto pelos Três Poderes e está marcado para a próxima segunda-feira, 8, às 15h, no Salão Negro do Senado.

Na quarta-feira, 3, o ministro interino da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou ao Estadão que não há “preocupação maior” sobre a segurança do ato. A governadora do Distrito Federal, Celina Leão, disse à Agência Brasil que mesmo sem ameaças detectadas, o número de policiais será suficiente para qualquer situação. “Será um dia de tranquilidade, um dia de monitoramento e de tranquilidade realmente aqui no Distrito Federal”, afirmou.