Política

Capitão Assumção não tirou tornozeleira durante sessão na Ales, diz relatório da Sejus

De acordo com as informações da pasta, foi constatada apenas a remoção da bateria do equipamento

Tiago Alencar

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução | TV Ales

Um relatório divulgado pela Secretaria da Justiça (Sejus) nesta quinta-feira (09) constatou que o deputado estadual Capitão Assumção (PL) não retirou a tornozeleira eletrônica da qual faz uso, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme deu a entender durante a sessão da Assembleia Legislativa da última terça-feira (07).

A Sejus ainda informou que o objeto que o deputado mostra durante seu discurso no Plenário da Casa, se trata do carregador móvel da tornozeleira. Segundo a pasta, a remoção da bateria não compromete o funcionamento do equipamento.

No dia do ocorrido, a coluna De Olho no Poder trouxe a informação de que a Sejus investigaria se o deputado havia violado a tornozeleira

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Durante a divulgação do resultado do relatório que apurou o caso, a Sejus ressaltou que o monitoramento de "tornozelados" ocorre durante 24h, e que, em caso de descumprimento das obrigações, o sistema acusa, por meio de um alerta, nas telas de monitoração, ocasião em que o monitorado é imediatamente contactado pelo plantonista. 

Deputado reclamou do uso da tornozeleira durante a sessão

Durante discurso, na tribuna da Ales, Assumção reclamava do uso do equipamento quando levantou a perna esquerda, onde está a tornozeleira, e falou: “Só um instantinho que está atrapalhando um negócio aqui, vou retirar aqui. Depois eu coloco de novo”, disse o deputado, colocando depois um objeto preto em cima do púlpito. 

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Logo depois, erguendo o objeto retirado da sua perna, ele falou: “Não estão respeitando o Poder Legislativo. (…) Sabe por que estou usando essa porcaria aqui que não serve para nada? Porque eu cometi o terrível crime de opinião”, esbravejou o deputado.

O uso da tornozeleira por Assumção é parte de uma medida cautelar imposta a ele por Moraes. O deputado é suspeito de integrar, segundo o STF, uma milícia digital no Espírito Santo, com propagação de fake news, denunciação caluniosa e ameaças contra o Supremo.

No dia 15 de dezembro, ele foi alvo de operação da Polícia Federal que cumpriu mandado de busca e apreensão em seu gabinete na Ales.

*Com informações da coluna De Olho no Poder, de Fabiana Tostes

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