Política

Vereador do ES desiste da vida política para virar padre

Júnior Corrêa foi o parlamentar mais votado para a Câmara de Cachoeiro de Itaperimirim em 2020 e tinha planos de disputar a prefeitura

Carol Poleze

Redação Folha Vitória
Foto: Foto redes sociais

O vereador Júnior Corrêa (PL), de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, decidiu abandonar a vida política para virar padre, após um retiro de 15 dias em um mosteiro. O parlamentar iria disputar as eleições municipais de 2024 para prefeito da cidade e, agora, vai se licenciar da Câmara Municipal.

Em 2020, o vereador foi o mais votado da cidade, com 2,5 mil votos para a Câmara. Já em 2022, alcançou a suplência como deputado federal com mais de 37 mil votos.

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Nesta quarta-feira (14), Corrêa anunciou pelas redes sociais sobre a mudança, em uma live, praticamente uma semana após o político publicar uma nota explicando desentendimentos recentes dentro do partido.

"Fui fazer um retiro de 15 dias em um mosteiro e foi nesse silêncio que ouvi a voz de Deus falando comigo. Estava em primeiro lugar nas pesquisas, com chances reais. Eu saio da vida pública, não vou mais disputar a eleição de prefeito e não serei nem candidato a vereador ou deputado, para poder me dedicar a quem deu a vida por mim", disse o político no vídeo.

Com a licença, quem assume o posto da Câmara será Amós Marcelino (PL). No entanto, mesmo com a saída da vida política, o vereador afirmou que caso seu suplente não siga o mesmo posicionamento ideológico, ele voltará para ao legislativo.

Ainda durante o pronunciamento, o vereador disse que não pediu para sair do partido e demonstrou incerteza se será expulso. Além disso, não escondeu estar chateado com conflitos recentes na política e diz que partido pode "derrapar" na corrida eleitoral se Magno Malta não souber dialogar com os colegas. 

"A minha nota semana passada (leia abaixo) foi feita num momento de tristeza, mas eu não tiro nenhuma palavra. O senador Magno Malta tem nas mãos uma Lamborghini, mas se não houver diálogo com seus conservadores, corre o risco de chegar na corrida eleitoral com o pneu careca e, na primeira curva acentuada, o carro vai derrapar", contou.

Leia a nota publicada pelo político: