Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa pede que sejam proibidos, em todo o Espírito Santo, o plantio e a comercialização de uma árvore conhecida como bisnagueira ou mijadeira, que mata e abelhas e beija-flores.
Conforme informações da proposta protocolada pela deputada Janete de Sá (PSB) no início do mês, as flores da árvore Spathodea Campanulata possuem alcalóides tóxicos que são letais às duas espécies.
O néctar da planta é tóxico e abelhas e beija-flores, por exemplo, que são fundamentais para polinizar plantas e culturas agrícolas, não saem vivos de dentro das flores.
“Isso causa um grande desequilíbrio ecológico na região e época de florada desta árvore, sem contar os prejuízos às pessoas que dependem da apicultura e meliponicultura como fonte de renda”, diz o texto da matéria.
No mesmo projeto é determinado que as árvores que já foram plantadas sejam cortadas e que a madeira delas seja reaproveitada com base em orientações dos órgãos técnicos.
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A proposta apresentada por Janete de Sá ainda determina as seguintes ações para barrar a proliferação das árvores “assassinas”:
– As mudas produzidas, ou em produção, para fins comerciais deverão ser descartadas, da maneira orientada pelo órgão técnico;
– As árvores cortadas deverão ser substituídas por plantas nativas da faúna local;– Caso a árvores estejam plantadas em terreno particular, o corte se realizará sob responsabilidade do proprietário.
Na justificativa do projeto, a parlamentar afirma que a Spathodea Campanulata, nome científico da mijadeira ou bisnagueira, “em condições favoráveis à espécie é potencialmente invasiva”.
“Tem raízes pouco profundas e são relativamente frequentes os casos de queda de galhos (podres), fazendo com que esta árvore não seja uma boa opção em centros urbanos”, argumenta.
A proposta segue em tramitação inicial na Assembleia Legislativa, aguardando parecer da Procuradoria da Casa. Em caso de votada e aprovada em plenário, será encaminhada para sanção ou veto do governador do Estado, Renato Casagrande (PSB).
Algumas prefeituras no Estado já aprovaram leis que proíbem a produção de mudas, distribuição e o plantio de árvores da espécie Spathodea Campanulata.
