Política

“Eu não tenho pergunta, só agradecimento”, diz Marcos Do Val a Pazuello

O parlamentar ainda criticou ministros anteriores a Pazuello que deixaram o cargo alegando falta de autonomia à frente do Ministério da Saúde

Foto: Reprodução

O senador Marcos do Val (Podemos) defendeu o general Pazuello durante a CPI da Covid, nesta quinta-feira (20). Durante cerca de 10 minutos, o parlamentar capixaba destacou a coragem do ex-ministro em assumir o cargo quando a “aeronave estava em rota de colisão”. O parlamentar ainda criticou ministros anteriores a Pazuello que deixaram o cargo alegando falta de autonomia à frente do Ministério da Saúde. “Hoje pode estar em turbulência, mas ela estava em rota de colisão. Ah, não teve autonomia por isso que deixou a cadeira. Bom, para mim é covardia”, disparou.

O parlamentar tirou por menos supostas falas do presidente dando ordens à Pazuello. “Entendo que a fala de um presidente não é uma decisão dada ao ministro diretamente. Uma coisa é próprio presidente chegar ao ministro e falar não faça isso, e o senhor deixou claro que não houve isso”.

Mais uma vez ele saiu em defesa da cloroquina, questionando a obrigatoriedade da receita para comprar o medicamento. “Se durante 70 anos foi vendido sem receita, por que hoje fala que dá problema no coração, que pode matar? Quem eu tenho que responsabilizar por ter viabilizado a venda durante 70 anos de uma medicação sem receita médica?”, questionou.

Do Val disse que foi procurado por vários médicos pedindo ajuda para viabilizar a oferta do medicamento. “Eu procurei ver se o exército tinha para fornecer, procurei a empresa brasileira se tinha como produzir, não tinha como porque não tinha insumo. Tudo fechado, fronteira fechada e os médicos (dizendo) pelo amor de Deus Do Val a gente precisa ter a medicação para receitar. E eram médicos, eu como senador não vou dizer você está errado, isso não funciona, a imprensa está dizendo que não funciona”.

O senador finalizou a fala parabenizando Pazuello pela logística de distribuição de vacinas em todo o País e disse que não iria fazer perguntas, já que só tinha agradecimentos a fazer.