Nas eleições deste ano, 12 candidatos disputam a vaga para presidente do Brasil, hoje ocupada por Jair Bolsonaro (PL), que quer a reeleição. O primeiro turno do pleito está marcado o dia 02 de outubro. Já o segundo turno, em caso de necessidade, está agendado para o dia 30 do mesmo mês.
A expectativa é que 156,4 milhões de eleitores vão às urnas no dia da eleição. Entre os que concorrem ao posto de presidente do País, os perfis são bem variados: no páreo há advogados, economistas, empresários, militantes, sindicalistas e professora. É importante destacar que as candidaturas ainda precisam ser aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, por isso, o conteúdo desta reportagem pode ser atualizado.
Veja o perfil dos candidatos à Presidência da República
Formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará, Ciro Gomes iniciou na carreira política em 1983, quando se elegeu deputado estadual pelo Ceará. Em 1989, assumiu o cargo de prefeito de Fortaleza e, pouco mais de um ano depois, deixou a função para disputar o governo do Estado nas eleições de 1990.
Casado e pai de quatro filhos, Ciro foi Ministro da Fazenda entre 1994 e 1995 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 1998 e em 2002, concorreu ao cargo de presidente, mas não foi eleito.
Entre 2003 e 2006, durante o governo Lula, foi ministro da Integração Nacional. Em 2007, foi eleito deputado federal pelo Ceará. Oito anos depois, assumiu o cargo de secretário de Saúde no Estado.
Em 2018, se candidatou novamente ao cargo de presidente. Agora, Ciro disputa o Palácio do Planalto pela quarta vez, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Ele terá como vice a ex-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos (PDT).
José Maria Eymael é advogado e empresário. Fundador e atual presidente do Democracia Cristã (DC), partido pelo qual disputa a Presidência este ano. Eymael iniciou a carreira política na década de 1980, quando concorreu ao cargo de deputado estadual por São Paulo.
Na eleição seguinte, tentou a vaga de prefeito. Em 1986, se elegeu deputado federal por São Paulo. No pleito seguinte, tentou o cargo de prefeito da Capital paulista novamente.
Ficou conhecido pelo jingle “Ey, Ey, Eymael, um democrata cristão”, lançado em 1985, na ocasião em que se candidatou a prefeito de São Paulo pela primeira vez.
Pela sexta vez, Eymael concorre ao cargo de presidente da República. Neste ano, o vice na chapa será o economista e ex-prefeito de São Gonçalo, João Barbosa Bravo (DC).
Candidato pela primeira vez ao cargo de presidente, Luiz Felipe D’Ávila é cientista político e empresário. Ele também é fundador e publisher de uma plataforma digital de jornalismo de dados, voltado para análises sobre informações da área política e economia.
Foi coordenador do programa de governo de Geraldo Alckmin (PSB), também ex-tucano, nas eleições presidenciais de 2018. Tem feito duras críticas ao governo do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), bem como ao também candidato Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil.
Em novembro de 2021,D’Avila assumiu a pré-candidatura com o desafio de juntar as alas internas de seu partido.
Com diversos livros publicados, D’Ávila disputa a Presidência pelo Novo. Ele terá como vice na chapa o deputado federal Tiago Mitraud (NOVO).
Bolsonaro tem 67 anos. Iniciou a carreira militar ainda na adolescência. Ativo nas reivindicações da categoria, logo ganhou destaque entre os seus pares. Chega ao pleito deste ano filiado ao seu décimo partido, o PL.
Com longa carreira como deputado federal na Câmara dos Deputados (1990 a 2018) foi eleito presidente da República no segundo turno das eleições, quando disputou o Planalto pela primeira vez. No entanto, sua trajetória na política começou em na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, onde foi vereador por dois anos.
Nascido no interior de São Paulo, na cidade de Glicério, Bolsonaro é casado com a primeira-dama Michelle Bolsonaro. Ele tem cinco filhos
Bolsonaro terá como vice o seu ex-ministro da Casa Cívil, general Braga Netto (PL), que foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil em seu governo.
Com forte ligação com pautas sociais, Leonardo Péricles tem histórico em movimentos estudantis e dos trabalhadores sem-teto de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Técnico em mecatrônica, ele iniciou a carreira política há 14 anos, quando disputou o cargo de vereador da capital mineira. Péricles não foi eleito. Em 2020, foi vice na chapa de Áurea Carolina na disputa pela prefeitura da capital mineira.
Entre as propostas defendidas pelo candidato estão a suspensão do pagamento da dívida pública e a taxação de grandes fortunas, bem como a revogação das reformas da previdência e trabalhista, a criação de frentes de trabalho e a desmilitarização das polícias.
Ele se autodeclara uma via possível, realizável, de esquerda, que se propõe a superar o problema centrais vivenciados pelo Brasil.
No pleito deste ano, Péricles disputa a Presidência da República pela primeira vez, pelo partido Unidade Popular (UP). Sua vice será Samara Martins (UP).
Nascido em Caetés, no Pernambuco, Luiz Inácio Lula da Silva se mudou para São Paulo ainda criança, quando os pais buscavam melhores condições de trabalho. Se tornou metalúrgico e teve forte atuação nos movimentos sindicais.
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo. Três anos depois, concorreu pela primeira vez ao cargo de presidente. Lula disputou a vaga no Planalto novamente em 1994 e 1998, mas foi derrotado.
Na quarta vez disputando a Presidência, Lula foi eleito em 2002 e reeleito em 2006. Nas duas eleições presidenciais seguintes, colaborou com a eleição de sua sucessora, Dilma Rousselff.
Lula foi preso e condenado por corrupção durante a Operação Lava Jato. A sentença do então juiz federal Sérgio Moro, no entanto, foi alunada no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Lula terá como vice na chapa o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).
Pablo Marçal é empreendedor e empresário. Ele disputa cargo de presidente da República pela primeira vez, pelo Pros.
Goiano, casado e pai de quatro filhos, Marçal conta com inúmeros livros publicados no mercado editorial brasileiro. O candidato se define como “cristão, filantropo, empreendedor imobiliário e digital, mentor, estrategista de negócios, especialista em branding e jurista por formação.
Seu perfil no Instagram tem 2,3 milhões de seguidores, uma vez que é conhecido pelos cursos que oferece como coach. Seus conteúdos chegam a custar até R$ 3 mil. Marçal já afirmou em entrevistas que não é a terceira via na disputa pela Presidência, mas sim a “única via”.
Ele é é casado com a também coach Ana Carolina Marçal há mais de 13 anos e pai de quatro filhos. Possui formação na área jurídica. A vice na chapa será Fátima Pérola Neggra (PROS).
Advogado, Roberto Jefferson começou a carreira na televisão como apresentador do programa “O Povo na TV”. Começou a ter contato com a área política na década de 1970, mas só disputou a primeira eleição em 1982 quando foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Jefferson se manteve no cargo por sete mandatos consecutivos. Em 1988 chegou a disputar a prefeitura da capital carioca, mas não foi eleito.
Em 2012, Roberto Jefferson foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Três anos depois, passou a cumprir a pena em regime aberto e, em 2016, recebeu indutou e foi solto.
Neste ano, ele disputa a Presidência da República pela primeira vez. Roberto Jefferson é candidato pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e terá como vice o padre Kelmon Souza (PTB).
Advogada, professora e senadora da República, Simone Tebet tem 52 anos e nasceu em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Desde criança, a política fez parte da sua vida. Acompanhou de perto a carreira do pai, professor universitário, prefeito da sua cidade natal, deputado, governador e senador pelo MS. Foi aprovada aos 16 anos na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, uma das mais conceituadas do país.
É esposa do deputado Eduardo Rocha e mãe de duas filhas.
Depois de formada, tornou-se professora universitária de Direito Público e Administrativo, atividade que exerceu durante 12 anos em diferentes e renomadas instituições. Durante esse período, também atuou como consultora jurídica e foi diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul.
Em 2002, aos 31 anos, foi eleita deputada estadual pelo seu estado e, em 2004, foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Em 2014, se candidatou à vaga de senadora da República. Teve 52% dos votos válidos, sendo eleita senadora por seu estado.
Agora, em 2022, Simone disputa o cargo de presidente pela primeira vez pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Ela terá como vice a senadora Mara Gabrilli (PSDB).
Formada em Ciências Econômicas, Sofia Manzano nasceu em 19 de maio de 1971. Na área acadêmica, desenvolve pesquisas sobre mercado de trabalho e desigualdade social no capitalismo.
Militante e com forte relação com o movimento sindical, ela integrou sindicatos de professores. Essa será a primeira vez que disputa o cargo de presidente da República.
No pleito de 2014, foi candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Mauro Iasi (PCB), que ficou em penúltimo lugar, com 47.845 votos (0,05%).
Sofia é candidata pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) e terá como vice o jornalista Antônio Alves (PCB).
A advogada Soraya Thronicke começou a atuar no universo político participando de movimentos democráticos de rua, liderando protestos contra a corrupção e patrocinando ações judiciais contra abusos de poder e ilegalidades.
Tornou-se senadora da República eleita pelo Mato Grosso do Sul com 373.712 votos, em outubro de 2018. No âmbito político, Soraya se considera conservadora nos costumes e liberal na economia.
Candidata pelo União Brasil, ela terá como vice Marcos Cintra (UB).
Nascida em Pernambuco, Vera Lúcia é graduada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe. Militante sindicalista desde os 19 anos, Vera já concorreu a vaga de governadora e deputada federal por Sergipe, além do cargo de prefeita de Aracaju.
A candidata participou de 10 eleições gerais ou municipais desde 1998. Nas eleições municipais de 2020, concorreu ao cargo de prefeita de São Paulo.
Em 2018, se candidatou pela primeira vez à Presidência da República. Na ocasião, Vera Lúcia obteve 55.762 votos, ficando em 11º lugar, à frente somente de Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL). Na campanha deste ano, terá a companhia da professora Raquel Tremembé, também do PSTU
Este ano, concorre ao cargo mais uma vez. Vera Lúcia é candidata pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e terá como vice a indígena Raquel Tremembé (PSTU).