Alvo de uma investigação que apura uma suposta interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Silvinei Vasques foi preso nesta quarta-feira (09) em cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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Silvinei chegou à diretoria-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), cargo responsável pelo comando da corporação, quando o então presidente Jair Bolsonaro deu posse a Anderson Torres como ministro da Justiça, em abril de 2021.
Entenda a seguir o que levou a prisão de Silvanei e quem é o ex-diretor-geral e as polêmicas em que ele esteve envolvido enquanto esteve à frente da PRF:
Quem é Silvinei Vasques?
— Paranaense, Silvinei Vasques foi diretor-geral da PRF durante a gestão de Jair Bolsonaro. Ele ingressou na corporação em 1995. Atuou como superintendente da PRF em Santa Catarina e no Rio de Janeiro. Foi também coordenador-geral de operações e secretário de Segurança e Defesa Social de São José, em Santa Catarina.
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Por que Silvanei Vasques foi preso?
— Silvanei é investigado pelos bloqueios em rodovias federais que ocorreram no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, quando ainda ocupava o cargo de diretor-geral da PRF.
Na ocasião, a PRF teria realizado patrulhamento ostensivo no Nordeste do país, região que o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, liderava nas pesquisas. Segundo as investigações, a suposta interferência teria sido planejada desde o início de outubro com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores.
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Silvanei Vasques apoia Bolsonaro?
— Nas redes sociais, Silvanei possui fotos ao lado de Bolsonaro em eventos do governo com a presença da PRF. Nas legendas, costumava escrever agradecimentos ao governo e ao presidente pelos investimentos na PRF.
Nas eleições de 2022, ele chegou a fazer postagem pedindo votos aos então candidato a reeleição Jair Bolsonaro. A publicação foi apagada horas depois.
Silvanei pôs fim às comissões de Direitos Humanos da PRF
— Em maio de 2022, as comissões de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal foram extintas em uma portaria assinada por Silvanei Vasques. As comissões monitoravam processos disciplinares contra agentes da corporação e realizava orientações sobre o assunto.
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Morte de Genivaldo em ação da PRF
— O fim das comissões de Direitos Humanos aconteceu dias antes da morte de Genivaldo de Jesus Santos. Ele morreu por asfixia e insuficiência respiratória após ser colocado no porta-malas de uma viatura da PRF com uma bomba de gás lacrimogêneo foi detonada.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Portal R7.