Magno Malta diz que se não fosse por ele, Haddad seria o presidente do Brasil
Em entrevista ao programa De Olho no Poder com Fabi Tostes, o candidato também defendeu suas já conhecidas pautas, como o combate à pedofilia, ao aborto e às drogas
As sabatinas do programa de Olho no Poder com Fabi Tostes, da Rádio Pan News Vitória (90.5 FM) com os candidatos a senador pelo Espírito Santo chegaram ao fim nesta sexta-feira (16). O ex-senador Magno Malta (PL) foi o último entrevistado da série.
Nos 47 minutos de conversa com as jornalistas Fabi Tostes e Patrícia Scalzer, além de defender suas já conhecidas pautas, como o combate à pedofilia, ao aborto e às drogas, Magno também criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que a eleição de Jair Bolsonaro (PL) para a presidência da República, em 2018, dependeu muito da sua participação.
Ouça abaixo a entrevista com o candidato Magno Malta:
Ao ser questionando porque, mesmo com toda sua trajetória política junto aos capixabas, não conseguiu se reeleger senador nas eleições gerais de quatro anos atrás, o candidato rememorou as críticas que teria recebido por, segundo ele, na ocasião, ter focado na campanha de Bolsonaro para presidente do Brasil, ao invés de investir em sua própria campanha.
"Eu não saí daqui para fazer campanha de Bolsonaro, eu fui fazer a campanha do Brasil. (...) Não saí do Espírito Santo por causa de Bolsonaro, saí por causa dos nossos filhos, dos nossos netos e da nossa pátria. Se eu não tivesse ido, o presidente do Brasil, hoje, seria o Fernando Haddad (PT). Eu fui exatamente pelo meu país, fui cumprir uma missão", disse Magno.
Na sequência, o candidato falou sobre a comparação de seu perfil com o da também candidata Rose de Freitas (MDB), senadora que busca a reeleição, especialmente no que se refere à relação com os municípios capixabas. Rose é conhecida como uma parlamentar municipalista, já que uma de suas marcas registradas é a entrega de emendas parlamentares para as cidades do Espírito Santo.
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Indagado acerca da forma como lidaria com a distribuição de emendas parlamentares para as cidades do Estado, caso eleito, Magno criticou os parlamentares que, segundo ele, fazem autopromoção por meio desse tipo de recurso e disse que atuará da forma como sempre atuou, liberando emendas para os municípios, mas sem fazer propaganda em torno disso.
"Odeio essa coisa de tocar tambor e fazer gritaria com emendas, porque é uma obrigação do parlamentar fazer esses repasses. Sempre proibi que falassem meu nome, quando enviava emendas para os municípios", destacou.
Magno também foi provocado a falar sobre os constantes casos de violência política registrados no Brasil nos últimos meses, a maioria deles envolvendo eleitores bolsonaristas e simpatizantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Perguntado se não seria o momento de Bolsonaro, de quem se diz próximo, sinalizar um caminho de paz, conscientizando sua militância sobre os riscos e a gravidade de discussões políticas marcadas por intolerância e excessos, o candidato retrucou, dizendo que os líderes da esquerda nacional também deveriam fazer o mesmo caminho.
"Não seria o caso de um ex-presidente da República (fazendo referência a Lula) fazer a mesma colocação? Toda a violência está sendo colocada nas costas de Bolsonaro", frisou.
Educação sexual nas escolas
Nos minutos finais da sabatina, Magno foi submetido a perguntas temáticas, entre elas se era favorável à educação sexual nas escolas. Como era de se esperar, o candidato chamou de aberração o fato de as escolas, juntamente com os pais, serem as responsáveis por orientar crianças e adolescentes a respeito de questões sexuais.
"É uma aberração! É o fim do mundo! Quem educa é pai e mãe. É por isso que acontecem tantos abusos. Professor tem que ensinar Matemática e Português", defendeu o candidato, que ainda chegou a citar casos em que, segundo ele, professores estariam ensinando, em sala de aula, alunos a colocarem preservativos usando apenas a boca.
"Kit gay"
Magno ainda afirmou que, não fosse sua atuação quando era senador pelo Espírito Santo, muitas escolas teriam distribuído o que ele chama, sem especificar o tipo de material nem o conteúdo, de kit gay para os estudantes brasileiros. "Se não fosse a nossa intervenção, o kit gay estaria aí. Já estava tudo preparado para ir às escolas."
Sabatinas
Durante as sabatinas do programa De olho no Poder, foram ouvidos os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares, como prevê o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foram entrevistados: Erick Musso (Republicanos), Nelson Junior (Avante), Gilberto Campos (Psol) e Magno Malta (PL). A candidata Rose de Freitas (MDB) não participou da sabatina por conta de um problema de saúde, conforme sua assessoria.
Entrevistas com os candidatos ao governo acontecem na próxima semana
Dentro da programação de cobertura na Rede Vitória, está prevista também entrevista com cinco candidatos ao governo do Espírito Santo. Eles estarão presentes, ao vivo, no último bloco do Jornal da TV Vitória, entre os dias 19 e 23 de setembro.
Além dos 15 minutos de entrevista televisiva, a transmissão vai continuar, também ao vivo, no Folha Vitória. Confira o cronograma:
Carlos Manato (PL) - 19 de setembro
Renato Casagrande (PSB) - 20 de setembro
Aridelmo Teixeira (Novo) - 21 de setembro
Guerino Zanon (PSD) - 22 de setembro
Audifax Barcelos (Rede) - 23 de setembro
Envie a sua pergunta!
As jornalistas Juliana Lyra, Fabi Tostes, Patrícia Scalzer, bem como representantes de diferentes segmentos da sociedade, vão entrevistar os candidatos, tudo isso somado a perguntas que poderão ser enviadas pelo leitor/telespectador.
Para participar, os interessados poderão enviar questionamentos pelo Instagram do Folha Vitória e pelos perfis dos programas da TV Vitória. Outra forma de enviar as perguntas será por meio do WhatsApp (27) 99945-5213. Cada candidato vai responder uma pergunta do público.
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