Daniel da Açaí continua fora do cargo e não poderá entrar em prédios públicos de São Mateus
Desde o último domingo, a prefeitura é comandada pelo vice Ailton Caffeu. Daniel foi preso pela em 28 de setembro e a Justiça permitiu a soltura nesta quinta-feira (07)
Apesar de ter sua liberdade concedida nesta quinta-feira (07), o prefeito de São Mateus, Daniel Santana Barbosa, o Daniel da Açaí (sem partido), continuará afastado da prefeitura do município do Norte do estado. Desde o último domingo, a prefeitura é comandada pelo vice-prefeito, Ailton Caffeu (Cidadania).
A prisão de Daniel da Açaí e de outros cinco investigados pela Polícia Federal na Operação Minucius foi revogada pelo desembargador Marcello Ferreira de Souza Granado, relator do caso no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).
No entanto, o desembargador determinou o afastamento dos suspeitos de suas funções, a suspensão e entrega de seus passaportes, suspensão temporária da possibilidade de fazer contrato com o poder público e proibição de frequentar os prédios públicos da Prefeitura de São Mateus.
Além do prefeito, a Justiça mandou soltar a chefe de gabinete de Daniel da Açaí, Luana Zordan Palombo, três empresários — Caio Faria Donatelli, Yosho Santos e Gustavo Nunes Massete — e João de Castro Moreira, o "João da Antártica", amigo do prefeito e suspeito de também integrar o esquema investigado pela PF.
Suspeitos foram presos durante a Operação Minucius
Eles foram presos no dia 28 de setembro, quando foi deflagrada a Operação Minucius, que apura um suposto esquema de fraudes em licitações, superfaturamento de contratos e lavagem de dinheiro na Prefeitura de São Mateus.
Segundo a PF, Daniel da Açaí é o responsável por liderar a suposta organização criminosa, que teria se instalado no município. De acordo com as investigações, o esquema teria desviado um montante de R$ 43.542.007,20 dos cofres da prefeitura.
A organização criminosa, segundo a PF, além de combinar quais empresas venceriam processos de licitação na prefeitura, superfaturava contratos e promovia lavagem de dinheiro. Entre os contratos, havia recursos do Governo Federal, destinados à aquisição de kit de merenda escolar e cestas básicas.
