Política

Ex-aliado, Silas Malafaia chama ex-presidente Bolsonaro de "covarde"

O pastor, conhecido por seu apoio ao ex-presidente, fez duras críticas em uma entrevista, onde demonstrou frustração com Bolsonaro, confira

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Marcos Corrêa/PR

Silas Malafaia expressou grande decepção com as recentes atitudes de Jair Bolsonaro. O pastor, conhecido por seu apoio ao ex-presidente, fez duras críticas em uma entrevista, onde demonstrou frustração com Bolsonaro, especialmente em relação à política em São Paulo após Ricardo Nunes avançar para o segundo turno.

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Durante a entrevista, Malafaia acusou Bolsonaro de ser “omisso” e “covarde”, destacando que, como aliado, ele esperava um posicionamento mais firme. Segundo o pastor, Bolsonaro teria se mantido neutro por receio de que Ricardo Nunes (MDB) fosse derrotado por Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno, algo que Malafaia considerou uma atitude de fraqueza política.

As declarações de Malafaia foram feitas em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. O pastor criticou duramente o comportamento de Bolsonaro tanto em São Paulo quanto no Paraná, afirmando que suas ações foram “vergonhosas”. 

Malafaia questionou a liderança de Bolsonaro, dizendo que ele “ficou em cima do muro” nas eleições paulistas e, apesar de continuar apoiando o ex-presidente, destacou que é um “aliado, não alienado”.

Malafaia ainda enfatizou que Bolsonaro “não é criança” e acusou o ex-presidente de tentar agradar os dois lados na disputa eleitoral em São Paulo, o que para o pastor, representa uma liderança falha. "Que tipo de líder é esse?", questionou Malafaia, demonstrando seu desapontamento.

Entenda o histórico da aliança de Malafaia de Bolsonaro

A aliança entre Silas Malafaia e Jair Bolsonaro remonta ao período eleitoral de 2018, quando o ex-capitão do Exército se destacou como candidato à presidência. Naquele momento, Malafaia, como líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, tornou-se um dos principais apoiadores de Bolsonaro, mobilizando sua base evangélica em favor da candidatura.

Durante a campanha presidencial de 2018, Malafaia utilizou suas plataformas para promover Bolsonaro, defendendo-o como a melhor opção para o Brasil e alinhando-se aos valores conservadores que o ex-presidente representava. O pastor enfatizou a importância da eleição de um candidato que, segundo ele, defende a família, a moral e a fé, aspectos fundamentais para a sua comunidade religiosa.

Após a vitória de Bolsonaro, Malafaia continuou a manifestar apoio ao governo, participando de eventos e expressando sua satisfação com as pautas que eram promovidas na administração, como a defesa da liberdade religiosa e o combate à ideologia de gênero nas escolas. Esse apoio consolidou a imagem de Malafaia como um aliado estratégico para Bolsonaro, especialmente entre os evangélicos, um eleitorado significativo no Brasil.

No entanto, a relação começou a sofrer tensões ao longo do governo. A falta de uma posição clara de Bolsonaro em relação a determinadas questões políticas e sociais começou a gerar descontentamento em Malafaia. A percepção de que o ex-presidente não estava defendendo adequadamente os interesses da comunidade evangélica em momentos críticos levou o pastor a expressar suas frustrações, culminando nas críticas recentes.

A ruptura se acentuou com as recentes declarações de Malafaia, que o acusou de ser "covarde" e "omisso", evidenciando uma mudança significativa na dinâmica da aliança. Essa desavença não só marca uma queda no apoio de um dos mais influentes líderes evangélicos, mas também indica uma possível reconfiguração das alianças políticas dentro desse segmento religioso no Brasil.

2024 vai ter horário de verão? Confira a data e o que se sabe

Foto: Agência Brasil

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica – que o Brasil volte a adotar o horário de verão. O Governo Federal ainda está estudando as possibilidades antes de voltar a adotar o novo horário.

Se for adotada, a medida valeria ainda para 2024, mas não todo o período do verão, que vai de 21 de dezembro deste ano a 20 de março de 2025.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia disse que, apesar da indicação da ONS, não há risco energético em 2024. Mas é necessário pensar a longo prazo.

Silveira apontou o horário de verão como uma medida que contribui para a sustentabilidade energética e citou o Canadá como exemplo de outro país que adota o mecanismo.

“O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, afirmou o ministro.

Instituído em 1931 no Brasil, o horário de verão funcionou continuamente de 1985 até 2019, quando o governo passado decidiu revogá-lo, alegando pouca efetividade na economia energética.

QUANDO E POR QUE O HORÁRIO DE VERÃO ACABOU?

Historicamente, o horário de verão tinha como principal objetivo a redução de consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora.

Como nos últimos anos houve mudanças no hábito de consumo de energia da população, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde, o Horário de verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado do ponto de vista do setor elétrico.

BENEFÍCIOS DO HORÁRIO DE VERÃO

O principal objetivo do Horário de Verão era o melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a reduzir a concentração de consumo no horário entre 18h e 21h.

Ocorria um “achatamento” da curva de consumo, reduzindo o nível do pico deste intervalo temporal e aumentando a permanência da curva em patamares mais baixos.