Política

Justiça determina novo afastamento de Amanda Quinta e bloqueio de bens

Nesta semana, a prefeita de Presidente Kennedy tinha sido afastada por mais 90 dias, após um requerimento do MPES. Uma nova decisão do TJES a afasta por 180 dias

Foto: Alissandra Mendes

Na última quinta-feira (7), o desembargador da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Fernando Zardini, atendeu ao requerimento do Ministério Público Estadual e deferiu pelo afastamento da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta Rangel, por mais 90 dias.

No requerimento, o MPES sustenta que Amanda, enquanto esteve presa, recebeu visitas de duas servidoras municipais, que ocupavam os cargos de auxiliar administrativo (lotação administrativa) e de diretor de gestão pública (lotação no gabinete), na Prefeitura de Presidente Kennedy. As servidoras se apresentaram como advogadas, de acordo com informações da Secretaria de Estado de Justiça.

No mesmo dia da decisão do desembargador, o juiz da Comarca de Presidente Kennedy, Miguel Maira Ruggieri Balazs, determinou o terceiro afastamento da prefeita, agora de 180 dias, além do bloqueio de bens. Além dela, a decisão também foi estendida ao seu companheiro José Augusto Rodrigues de Paiva. Os dois e outras cinco pessoas e a empresa de limpeza, foram denunciados da Operação Rubi, deflagrada em maio deste ano.

Durante as investigações da Operação Rubi, o MPES apurou indícios de organização criminosa constituída com o fim específico de lesão aos cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma. Em Presidente Kennedy, os pagamentos eram feitos mensalmente, gerando um dano patrimonial no valor de R$ 3.266.356,42, e extrapatrimonial em R$ 6.532.712,84.

Operação Rubi

Deflagrada no dia 8 de maio deste ano, a Operação Rubi apurou que o empresário, proprietário da empresa de limpeza, que prestava serviços para o município, esteve na tarde do dia 8 de maio na casa de Amanda para entregar R$ 33 mil de propina, que estavam dentro de uma mochila. A visita e a presença dos empresários na cidade foram monitoradas desde o dia 6 de maio pela polícia, que efetuou as prisões em flagrante.

As apurações iniciais da Operação Rubi apontam que os contratos de limpeza urbana e de transporte público com evidências contundentes de superfaturamento somam mais de R$ 150 milhões, quando analisado o período de 2013 a 2018. A maior parte desse montante, R$ 105,7 milhões, é referente a contratos firmados entre quatro empresas investigadas e a Prefeitura de Presidente Kennedy.

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