Política

MPES denuncia boicote a empresários que não aderiram a atos antidemocráticos

Encontro ainda tratou dos bloqueios nas estradas e vias urbanas promovidos por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que contestam o resultado das eleições

Foto: Divulgação MPES

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Luciana Andrade, participou de reunião institucional em Brasília nesta terça-feira (08) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ao lado dos procuradores-gerais de Justiça dos Estados de São Paulo, Mario Sarrubbo, e de Santa Catarina, Fernando Comin. 

De acordo com conteúdo publicado pelo jornal o Estado de São Paulo, durante sua participação no encontro com o ministro, Luciana afirmou haver um boicote contra o empresariado que não aderiu aos atos promovidos por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que questionam o resultado do pleito deste ano, do qual ele saiu derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

 “Além dos movimentos de bloqueios de estradas e das movimentações centralizadas em algumas cidades ou bairros, a gente tem percebido um movimento do empresariado na denominada lista de Schindler, que é uma lista de empresas cujos os consumidores não deveriam adquirir produtos e serviços. É um embaraço à livre iniciativa de comércio, algo que a gente não via há muitos e muitos anos. Isso tem tido o olhar do MP como defensor da democracia e precisa ser repudiado”, disse.

MP atento a movimentos antidemocráticos no ES

Após a reunião, Luciana disse a jornalistas, na saída do TSE, que o Ministério Público está atento aos movimentos e às listas de restrições a comerciantes com posições políticas divergentes no Espírito Santo.

Por meio de uma nota enviada à imprensa, confirmando o teor da agenda da procuradora-geral como Moraes, o MP reforçou que acompanha atentamente os movimentos coletivos iniciados no Estado após o encerramento do 2º turno das eleições presidenciais. 

De acordo com o órgão ministerial, há uma Sala de Situação que conta com o apoio de unidades estratégicas da instituição, como a Assessoria de Segurança Institucional (ASI), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP), o Grupo Especial de Trabalho em Execução Penal (Getep) e o Centro de Apoio Operacional Criminal (CACR), além da Assessoria do Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça (PGJ), do gerente-geral do MPES e do secretário-geral do Gabinete da PGJ.

*Com informações do MPES e do Estadão