Política

VÍDEO | Bolsonaristas pedem doações para manter protesto em frente ao Exército, em Vila Velha

Desde a noite da última segunda-feira (31), um grupo de manifestantes bolsonaristas se reúne na frente do 38º Batalhão, em Vila Velha

Matheus Moraes

Redação Folha Vitória

O grupo de manifestantes bolsonaristas que se concentram em frente ao 38° Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, estão organizando uma "vaquinha" para arrecadar fundos e darem continuação ao ato. O protesto teve início na noite da última segunda-feira (31).

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Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Vestidos de verde e amarelo, em sua maioria, o grupo contesta o resultado das eleições, que deram a vitória para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com manifestantes, o objetivo das arrecadações é juntar mantimentos para auxiliar as pessoas que fossem "acampar" em frente ao Batalhão do Exército, dando continuidade ao ato, e também enviar parte desses produtos aos caminhoneiros, que também protestam contra o resultado do pleito do último domingo (30).

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Durante o protesto, um carro chegou a entregar mantimentos ao grupo que segue no local com cartazes, discursos, canções do hino nacional e orações.

Manifestantes defendem pautas antidemocráticas

Com palavras de ordem, carro de som e gritos contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo defende pautas antidemocráticas como:

- Destituição dos juizes do Supremo Tribunal Federal (STF)
- Extinção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Até o início da tarde, o grupo aguardava o pronunciamento de Bolsonaro para decidir se permaneceriam ou não no local. 

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A trajetória dos manifestantes iria depender da fala do chefe do Executivo federal, como explicou mais cedo à reportagem o vereador Devacir Rabelo (PL), da Câmara de Vila Velha, que também endossa o ato.

"Estamos na expectativa do que o Presidente vai dizer. Após a fala dele, decidiremos que rumo tomar", disse, antes do pronunciamento de Bolsonaro.

Por volta das 16h40, o presidente Bolsonaro realizou o pronunciamento, após quase 45 horas do resultado das eleições. Sobre os atos em favor do seu governo, como o fechamento das estradas federais ele afirmou que são:

"Fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral."

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Porém, Bolsonaro ponderou dizendo que os métodos de manifestação devem ser outros.

"As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", disse, em ataque à esquerda brasileira.

Resultado incontestável

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse, na noite deste domingo, 30, que foram os eleitores quem atestaram a credibilidade das urnas, sucessivamente atacadas nos últimos tempos. Em coletiva, o ministro afirmou ainda esperar que "cessem agressões ao sistema, aos discursos fantasiosos, notícias criminosas contra urnas".

"Quem atestou credibilidade das urnas foram eleitores e eleitoras que foram votar e confiam na Justiça", disse o ministro. "Essa etapa se encerra com vitória da democracia, sociedade, de eleitores que compareceram", complementou.

Aplaudido por autoridades que acompanharam a coletiva na Corte, Moraes disse que foi concluída uma "eleição extremamente polarizada que mostrou aumento de número de votos em candidatos", com "absoluta segurança e competência na apuração e divulgação dos resultados". O ministro afirmou ainda não vislumbrar "nenhum risco real de contestação".

"O resultado foi proclamado e os eleitos serão diplomados em 19 de dezembro e tomarão posso em 1º de janeiro. Quanto a eventuais fissuras, fazem parte do jogo democrático e agora compete muito mais aos vencedores unir o país. Aqueles que são eleitos governarão para todos os brasileiros, não só para todos os eleitores", completou Moraes.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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