Lewandowski será questionado na Câmara sobre PF e inquéritos
Ministro vai à audiência pública em 10 de dezembro para esclarecer investigações envolvendo Bolsonaro e outros temas de segurança pública.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comparecerá à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, em Brasília, no dia 10 de dezembro, para tratar da PEC da segurança pública e responder questionamentos sobre a atuação da Polícia Federal em investigações, especialmente as que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A audiência pública foi marcada após a aprovação de 21 requerimentos de convocação apresentados por deputados de oposição, que levantam suspeitas de "vazamento seletivo" e direcionamento de inquéritos conduzidos pela PF.
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Entre os pontos principais que Lewandowski deverá esclarecer estão denúncias de que a atual gestão da Polícia Federal teria "desvirtuado" suas atribuições para concentrar investigações sobre Bolsonaro, além de supostas irregularidades em vazamentos de informações sigilosas.
“Precisamos entender se há motivação política ou manipulação na condução desses inquéritos”, destacou o deputado Coronel Ulysses (União-AC), autor de um dos requerimentos.
A presença do ministro é aguardada pela oposição, que critica as ações recentes da PF, incluindo o indiciamento do ex-presidente e de 36 aliados em uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além disso, Lewandowski deverá abordar questões como a baixa execução de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), a regulamentação das atividades de clubes de tiro, a atuação da Força Nacional em conflitos agrários no Mato Grosso do Sul
E também sobre supostos vazamentos de relatórios sigilosos envolvendo figuras políticas, como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Outro ponto de atenção é a demora na regulamentação da aquisição de armas por policiais e das atividades de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores).
Deputados também cobram explicações sobre a atuação da PF em casos de incêndios e queimadas no país, além de possíveis mudanças administrativas no tratamento de abordagens policiais e uso de algemas.
Lewandowski justificou a escolha da data de 10 de dezembro, alegando que já havia um compromisso agendado para discutir a PEC da segurança pública. Até o momento, o presidente da comissão, deputado Alberto Fraga (PL-DF), não confirmou a aceitação da data.
*Com informações do R7.com