Política

Senador Fabiano Contarato anuncia filiação ao PT

Contarato divulgou comunicado informando, também, a desfiliação ao partido Rede Sustentabilidade

Foto: Stuckert

O senador Fabiano Contarato anunciou, na manhã desta segunda-feira (13), o desligamento do partido Rede Sustentabilidade e a filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo nota divulgada, a efetivação à nova sigla será realizada em momento oportuno.

Por meio das redes sociais, a deputada petista Gleisi Hoffmann fez uma publicação dando as boas vindas ao senador capixaba. 

“É uma alegria imensa para nós começarmos a semana com essa notícia da sua decisão de entrar no PT”, escreveu.


Veja a nota de Contarato na íntegra:

“Como já havia anunciado, comunico em definitivo o meu pedido de desfiliação do partido Rede Sustentabilidade. Agradeço imensamente pelo companheirismo e respeito que tive durante o período no qual pude representar o partido no Senado Federal, numa jornada em defesa de um país mais justo e igualitário e que defenda seu povo e preserve seus recursos naturais.

Após ter recebido e analisado convites de legendas do campo progressista, comunico minha decisão de filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), que será efetivada em momento oportuno. Com a militância social e as lideranças do PT, pretendo somar esforços para que o país retome sua trilha de desenvolvimento, pleno emprego, defesa dos direitos humanos, proteção e oportunidade aos mais pobres, apoio do Estado às maiorias minorizadas, combate a todo tipo de desigualdade, investimento em saúde e educação.

Os governos liderados pelo PT devolveram ao país credibilidade internacional, permitiram aos pobres cursar universidade, expandiram a estrutura de ensino no país, abriram os porões da ditadura com a Comissão Nacional da Verdade, democratizaram a participação da sociedade nas decisões de governo, geraram crescimento econômico alinhado com políticas sociais exitosas, devolveram aos brasileiros o orgulho nacional. Seus erros foram investigados e devidamente punidos pela Justiça. Defendo que a lei vale para todos e tem de ser cumprida doa a quem doer. Seguimos junto aos brasileiros e brasileiras para, com esperança e força, vencer as trevas da ignorância que vitimam o Brasil. A Constituição Cidadã de 1988 é nossa bússola.”

A coluna desta segunda-feira (13) do De Olho no Poder com Fabi Tostes, traz questionamentos sobre como o governador Renato Casagrande (PSB) vai fazer para manter partidos com candidaturas presidenciais tão divergentes em seu palanque, caso seja candidato à reeleição. Veja abaixo as pontuações feitas pela colunista:

Hoje, o PT não faz parte do governo Casagrande. Mas também não é da oposição, mantendo uma boa relação com o Palácio Anchieta, principalmente com seus representantes nos legislativos capixabas.

O senador Fabiano Contarato, que pode ser candidato ao governo do Estado, anunciou a desfiliação da Rede Sustentabilidade para se filiar ao PT. Além de ter um nome forte, no cenário nacional, disputando o Palácio Anchieta, o PT quer ter um palanque no Estado para a pré-candidatura do ex-presidente Lula.

O PSB, por sua vez, sabe que uma candidatura de Contarato ao governo divide os votos da esquerda. E é por isso que há um esforço concentrado para que Contarato e o PT estejam com Casagrande. 

Uma solução seria a formação de uma federação, debatida nacionalmente, entre PT, PSB e PCdoB – o que o governador, que é também secretário-geral nacional do PSB, é contra. Outra saída seria o PT coligar com o PSB e abrir mão da candidatura ao governo.

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Mas para o PT abrir mão de ter um palanque próprio e apoiar Casagrande, o governador teria de apoiar Lula à Presidência e tirar Sérgio Moro (Podemos) do seu palanque. 

“O Podemos faz parte do governo do Renato (Casagrande). A gente sabe que dentro do governo começa um projeto pró-Moro. Isso pode nos distanciar. Já abrimos o processo de discussão sobre isso. Claro que depende do PT nacional, mas não vai ter espaço para palanque neutro. E isso pode colocar o PSB numa situação difícil”, disse a presidente do PT no Estado, Jackeline Rocha, à coluna De Olho no Poder.