Política

Comissão da Assembleia aprova Projeto Escola Viva no Estado com mais de 30 emendas

“Apresentei emendas porque sou realista, sei que a força política para barrar esse projeto é quase inexistente. As emendas tentam amenizar, ao máximo, os problemas", justificou Majeski

Comissão de Cidadania aprova emendas ao projeto que implanta “Escola Viva” Foto: Divulgação/Assembleia

O projeto de implantação da “Escola Viva” levou toda polêmica para a Comissão de Cidadania da Assembleia Legislativa que aprovou o projeto nesta terça-feira (28) com 33 emendas. O Programa “Escola Viva” implanta um regime de turno único nas escolas estaduais de ensino médio do Espírito Santo.

Assim que o presidente da Comissão de Cidadania, deputado Nunes (PT), emitiu seu parecer pela aprovação, o deputado Sérgio Majeski (PSDB) quis discutir as emendas de sua autoria e que foram rejeitadas pelo deputado petista.

“Apresentei emendas porque sou realista, eu sei que a força política para barrar esse projeto é quase inexistente, então as emendas tentam amenizar, ao máximo, os problemas que ele pode causar e salvaguardar os interesses da comunidade escolar. Se o projeto é uma solução deveria ser discutido por uns dois anos para ser muito bem esclarecido”, defendeu Majeski.

Na opinião do tucano, tanto o governador Paulo Hartung (PMDB) quanto o secretário Haroldo Rocha deveriam ter visitado escolas para realizar debates com a comunidade acadêmica. Majeski entende que seria a melhor forma de estruturar um modelo mais realista.

“Disseram que para outras escolas haveria um projeto chamado ‘Jovem do Futuro’ em parceria com o Instituto Unibanco, mas ninguém conhece esse projeto. Banco entende de dinheiro, não entende de educação. Em Pernambuco o currículo do Escolha é pautado parcialmente pela Odebrecht, que é uma construtora e não atua na pesquisa em educação. Aqui no Estado será o ES em Ação, que tem vários comitês, mas não tem de educação”, criticou Sérgio Majeski.

Membro da mesma comissão, o deputado Dary Pagung (PRP) pediu vista do relatório, mas o pedido foi rejeitado por quatro votos a um.

“O projeto vem sendo debatido desde a campanha eleitoral. Ele chegou à comissão no dia 25 de março, o prazo do senhor foi até 21 de abril, e o da comissão vence hoje. Porém, eu não consegui analisar todas as emendas que você acatou e rejeitou. Gostaria de pedir vista do relatório para conhecer ele melhor. Preciso analisar com mais calma nesta tarde”, solicitou Pagung. 

Com a aprovação, o projeto segue para as comissões de Educação, Ciência e Tecnologia e Finanças. Como recebeu emendas, a matéria deve retornar ao colegiado de Justiça antes de ir à votação em Plenário.