Desde 2000 as eleições acontecem de forma eletrônica. Mas, excepcionalmente, em 2016 os eleitores brasileiros deverão utilizar a boa e velha caneta para marcar os candidatos de sua preferência. A Organização Não Governamental “Transparência Capixaba” acredita que o anúncio do Tribunal Superior Eleitoral de que o próximo pleito será manual é uma forma de pressionar a União a não reduzir verba.
Membro da Transparência Capixaba, Rodrigo Rossoni entende que o ajuste fiscal impõe impacto em todas as áreas. O que a ONG cobra é mais transparência por parte da Corte Eleitoral com relação aos gastos com as urnas eletrônicas.
“O TSE não deixou claro quanto custa as eleições com urnas eletrônicas ou quanto custa as eleições com cédulas de papel. Isso não está claro. Diante disso, a gente vê essa decisão como pressão política para que o governo federal não reduza verba do Judiciário”, analisou o membro da ONG.
Segundo Rossoni, o volume de informações ao cidadão para que ele possa fazer sua própria análise é pequeno.
Em relação à transparência da votação em cédulas, Rodrigo Rossoni explicou que antes da implantação do sistema eletrônico de votação havia denúncias de fraude na votação com cédulas.
“Não temos como afirmar se os sistemas são confiáveis. Não é com isso com que devemos nos preocupar. Deixamos isto para a Polícia Federal e órgãos de controle para fazerem cumprir a lei. Democracia é cara. Urna eletrônica é cara. Urna de papel é cara. Se querem fazer cortes, por que não cortam cargos comissionados”, exemplificou Rodrigo Rossoni.