Após aumentarem salários, vereadores de Santa Teresa saem escoltados sob vaia e xingamentos
O acréscimo gerou grande revolta entre os que acompanhavam a sessão, o que fez com que os vereadores tivessem de deixar a Câmara escoltados por cerca de seis policiais militares
Com o auditório da Câmara Municipal de Santa Teresa lotado, os vereadores do município votaram pelo aumento de 30,25% em seus próprios salários. Com isso, 10 integrantes do Legislativo passarão a ganhar, a partir de 1º de janeiro de 2017, um total de R$ 5.210,00.
O acréscimo gerou grande revolta entre os que acompanhavam a sessão, o que fez com que os vereadores tivessem de deixar a Câmara escoltados por cerca de seis policiais militares, sob vaias e xingamentos.
Também foram reajustados, nos mesmos 30,25%, os salários dos secretários municipais (que passarão a ganhar R$ 5.210,00), do prefeito (R$ 12.504,00), do vice-prefeito (R$ 6.252,00) e do presidente da Câmara Municipal (R$ 5.860,00).
Votaram a favor do reajuste Bruno Henriques Araújo (PV), Diomar Antonio Menegassi (PP), Evanir Gonçalves (PSB), Jonas Bento Daleprane (PSB),
Jorge Faustino Tononi Natalli (PV), Jorgias Luiz Perpétuo (SD), José Maria Degasperi (PT) e Wannir Siqueira Filho (PV).
Votaram contra os três projetos apenas os dois vereadores do PDT, Leomar Junior Caetano e Bruno Luiz Bridi, que afirmou que o vereador nada mais é do que um representante da população, que naquele momento estava indignada.
"Achamos que por estarmos em crise não era o momento para o reajuste. Os produtores rurais passam pelo pior momento de suas vidas e tentam renegociar suas dívidas. Além disso o município recebe menos imposto, arrecadando menos. Como podem os políticos aumentarem o salário deles?", disse Bridi.
Bruno acrescentou ainda que em fevereiro deste ano apresentou um projeto para reduzir o salário dos vereadores, que foi reprovado por unanimidade pelos pares. "O projeto previa um salário de R$ 1.199, mesmo salário dos professores da cidade que há muito tempo não têm reajuste", justificou.