Pela primeira vez um presidente do Brasil esteve no Espírito Santo na véspera do Natal, como disse toda orgulhosa a presidente Dilma Rousseff (PT) durante sua passagem relâmpago na última semana. Sim, é verdade! Mas de fato, os capixabas queriam muito mais do que isso, mais que uma simples visita de aproximadamente três horas.
A população queria mais. Queria, ao menos, que Dilma tivesse visto mais de perto a situação das vítimas das chuvas e não só tivesse sobrevoado os municípios castigados pelas enchentes. Mas não, ela viu do alto o estado crítico e do aeroporto mesmo voltou para casa sem ao menos liberar recursos da União como era esperado pela população e pelas autoridades locais.
Em entrevista coletiva, diante do governador Renato Casagrande incrédulo, Dilma afirmou que tudo o que a União tinha para fazer já tinha sido feito. Só faltou dizer que lavava (nas águas da chuva) as mãos. A visita recebeu uma enxurrada de críticas. Pela ausência de uma notícia mais consistente, a oposição alegou que a viagem não passou de uma ação eleitoreira.
Como se sabe, Dilma não tem popularidade muito alta por aqui. Aproveitou para tentar reverter essa situação. Só que não colou. Curiosamente, logo após deixar o aeroporto de Vitória, o mesmo que aguarda há anos as obras de ampliação prometidas pelo Governo Federal, ela entrou de férias. A presidente foi para a Bahia curtir alguns dias de férias.
Diante disso, a visita dela por aqui, ao que tudo indica, não passou de um marketing eleitoral para evitar desgaste à sua imagem. Afinal, os capixabas embaixo dágua, literalmente, e a presidente descansando nas águas quentes do litoral baiano. Isso faria sua popularidade cair ainda mais, assim como aconteceu com o prefeito de Vila Velha, Rodney Miranda (DEM). Só para lembrar, o democrata decidiu embarcar para os Estados Unidos quando os munícipes sofriam com os alagamentos na cidade.
Ainda bem que o povo capixaba se uniu, deu um verdadeiro exemplo de amor ao próximo, e se mobilizou para ajudar quem precisava. O trabalho de formiguinha foi feito. Cada um foi lá e doou o que pode. Mas leitores mais atentos notaram a tímida participação de grandes empresas com sede do Estado nessa corrente, já que seus colaboradores, matéria-prima para os desafios do dia-a-dia, também foram afetados. Uma pena!