Política

Oito pessoas são investigadas por participação na morte de Dom e Bruno

Além dos pescadores já presos, polícia apura participação de mais cinco pessoas, que teriam ajudado na execução e na ocultação dos cadáveres

Foto: Reprodução/ Record TV

As equipes de investigação que atuam no caso do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, assassinados na região do Vale do Javari, próximo à cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, apuram a participação de ao menos oito pessoas no crime.

De acordo com o Portal R7, três suspeitos já foram presos: os pescadores Amarildo da Costa Oliveira — que confessou ter matado Dom e Bruno e indicou o local onde os corpos foram enterrados —, Oseney da Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima.

A Polícia Federal chegou a declarar na sexta-feira (17) que não há mandante nem organização criminosa por trás das mortes, mas outras cinco pessoas passaram a ser monitoradas pelos investigadores.

“Prosseguem as investigações. Há indícios da participação [de mais pessoas] durante a execução e na fase de ocultação de cadáveres”, afirmou ao R7 o delegado de Polícia Civil Alex Perez Timóteo.

O caso

Dom e Bruno desapareceram em 5 de junho, após terem sido vistos pela última vez na comunidade São Rafael, nas proximidades da entrada da Terra Indígena Vale do Javari. Eles viajavam pela região entrevistando indígenas e ribeirinhos para produção de reportagens para um livro sobre invasões de áreas indígenas.

O Vale do Javari, a terra indígena com o maior registro de povos isolados do mundo, é pressionado há anos pela atuação intensa de narcotraficantes, pescadores, garimpeiros e madeireiros ilegais que tentam expulsar povos tradicionais da região.

Foto: Reprodução

Dom morava em Salvador, na Bahia, e fazia reportagens sobre o Brasil havia 15 anos para o New York Times e o Washington Post, bem como para o jornal britânico The Guardian. 

Bruno era servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio), mas estava licenciado desde que foi exonerado da chefia da Coordenação de Índios Isolados e de Recente Contato, em 2019.

Na quarta-feira (15), a Polícia Federal encontrou os restos mortais dos dois. A corporação encontrou os cadáveres depois de o pescador Amarildo da Costa confessar os assassinatos e levar policiais até o local onde enterrou os corpos.

Exames realizados pela Polícia Federal no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, constataram que os materiais encontrado eram de Dom e Bruno. A perícia chegou à conclusão após analisar as arcadas dentárias das duas vítimas.

A perícia da PF indicou, ainda, que o jornalista e o indigenista foram mortos com tiros de uma arma de caça. Segundo a corporação, Bruno foi atingido por dois disparos no tórax e no abdômen e outro no rosto. Dom foi vítima de um disparo na região entre o tórax e o abdômen.

*Com informações do Portal R7

Laís Magesky, editora de distribuição de redes sociais
Laís Magesky

Editora de Distribuição de Conteúdo

Formada em Jornalismo pela Faesa, atua como editora de distribuição de conteúdo e é responsável pelas redes sociais do Folha Vitória, conectando informação de qualidade ao público por meio das plataformas digitais.

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