A eleição para a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa parecia definida com a reeleição do seu presidente, Theodorico Ferraço (DEM). No entanto, após a Operação Derrama ser deflagrada, a escolha para o nome do futuro chefe da Casa pode sofrer alteração. Ferraço teve o nome citado no processo que investiga a fraude em várias prefeituras do Estado. Além disso, a mulher do democrata, a ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub (DEM), também foi envolvida no suposto esquema.
Repercussão
Apesar da suposta participação de Ferraço no esquema não ter sido divulgada e nem detalhada (o próprio deputado diz que não sabe de nada do inquérito), na Assembleia já há burburinhos que sua candidatura pode ficar ameaçada pelas denúncias.
Corda bamba
Apesar de o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), já ter declarado apoio à sua intenção de disputar a reeleição, parece que nos corredores do Legislativo já há até uma cotação para um plano B, caso a candidatura de Ferraço seja abortada.
Chapa alternativa
Diante da situação, o que se comenta é que a chapa alternativa poderia ser encabeçada por um membro integrante do PT. Um dos cotados seria o do deputado Roberto Carlos (PT), que já era cogitado para o cargo, e o também petista Claudio Vereza.
Ausente
Coincidentemente, neste sábado (19), foi entregue pelo Governo do Estado uma delegacia no município de Itapemirim, município que foi chefiado pela mulher de Ferraço, presa durante a Operação Derrama. O governador Renato Casagrande, que estaria no evento, achou melhor mandar representante após os últimos acontecimentos na cidade.
Alternância
De olho nas comissões da Assembleia, tem deputado reclamando que alguns colegas de plenário estão no cargo há vários mandatos e defendem alternância de comando. A deputada Luzia Toledo (PMDB), por exemplo, parece até que já é vitalícia na presidência da comissão de Cultura e Turismo da Casa.