Parlamentares do Espírito Santo de oposição e alinhados ao presidente Bolsonaro se manifestaram sobre supostas irregularidades envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin.
Dentre os defensores do bolsonarismo, o deputado federal Neucimar Fraga (PSD) foi o único que se manifestou publicamente a favor do presidente até o momento. A fala foi durante sessão da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (29).
“Jair Bolsonaro foi parlamentar nesse Congresso em uma das épocas mais sombrias, onde quase metade desse parlamento foi denunciado em esquemas (…) e o deputado Jair Messias Bolsonaro passou como uma garça no meio desse brejo. Saiu com as penas brancas. Não se lameou durante todo esse período”.
Durante quase quatro minutos, o parlamentar elogiou o presidente. “Jair Messias Bolsonaro chegou à Presidência pela sua irreverência, pelo seu comportamento de enfrentamento, lutou contra o sistema, não teve paz para governar até hoje (…). Bolsonaro não é corrupto. Eu posso afirmar que ele jamais se envolveria numa negociata, principalmente de compra de vacinas. É um homem íntegro”.
Ao reforçar a fidelidade a Bolsonaro, o deputado se descola da Executiva Nacional, que mira as eleições de 2022 afastado do presidente.
Evair de Melo (PP) e Soraya Manato (PSL), os maiores aliados do governo federal no Estado e que articularam a vinda do presidente ao Espírito Santo, não se manifestaram. O foco de Evair tem sido na divulgação de vacinas distribuídas pelo Ministério da Saúde e nas viagens aos estados ao lado do presidente. Nesta quarta-feira (30) ele acompanha a comitiva de Bolsonaro ao Mato Grosso do Sul.
Oposição
Diante das novas denúncias de irregularidades envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, a oposição tem elevado o tom das críticas nos últimos dias. No Congresso Nacional, Helder Salomão (PT) e Fabiano Contarato (Rede) são os parlamentes do Espírito Santo que mais demonstraram insatisfação à condução da pandemia pelo governo federal.
Contarato cobrou um posicionamento da Procuradoria Geral da República. “A CPI tem que ir fundo no poder judicial que tem! A Procuradoria Geral da República não pode permanecer na inércia omissa”.
