O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Victor Coelho (PSB), estará à frente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), a partir do dia 1º de abril. Ele vai assumir em um momento de agravamento da pandemia no Espírito Santo. Com as restrições das atividades do comércio e de serviços, a tendência é de ainda mais queda na arrecadação dos municípios capixabas.
Victor disse que irá apostar no diálogo e na união entre as prefeituras. “Todos os esforços serão voltados para isso. Teremos a missão de unir gestores num objetivo único de colocar os municípios capixabas no rumo do desenvolvimento novamente.
O nome do prefeito, que é do mesmo partido do governador, foi costurado com o apoio de Renato Casagrande e do ex-presidente da Associação, Gilson Daniel (Podemos), que hoje é secretário de Governo.
“O Victor é prefeito da nova geração reeleito. É um prefeito novo, inovador. Ele participou ativamente do nosso mandato na Amunes, esteve sempre muito presente. Quando começamos a discutir a presidência, conversei mostrando o que é gerenciar a instituição. Passei a trabalhar o nome dele com os demais prefeitos e conseguimos chegar a um consenso”.
O prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo, também sinalizou interesse em presidir a Amunes. Durante as negociações para tratar do assunto, ficou definido que ele irá compor a chapa como vice-presidente. Como se trata de chapa única, a eleição será por aclamação, de forma online, no dia 31 de março.
A Amunes
A Amunes foi criada em julho de 1972, como Associação Capixaba dos Municípios (ACM), com o propósito de organizar as cidades para defesa de interesses comuns, tornar as administrações municipais mais ágeis e fazer debates constantes entre os prefeitos dos municípios capixabas.
A Associação já foi presidida por Gilson Daniel, ex-prefeito de Viana; Guerino Zanon, prefeito de Linhares; Gilson Amaro, ex-prefeito de Santa Teresa; Guerino Balestrassi, prefeito de Colatina e Enivaldo dos Anjos, prefeito de Barra de São Francisco.
ENTREVISTA COM O NOVO PRESIDENTE DA AMUNES
Como foi costurado o nome do senhor para presidir a Amunes?
Recebi o convite do Gilson Daniel e mantivemos conversas a respeito com nossas equipes, até chegarmos ao consenso com os prefeitos. Recebi apoio do Gilson e do governador Casagrande desde o início e, depois, dos colegas prefeitos.
Por que quer ser presidente da Associação?
Acredito que posso somar nesse momento tão desafiador para os municípios. Cachoeiro é uma cidade complexa, de onde trago muitos resultados importantes da primeira gestão.
Como avalia a importância da Associação para o Espírito Santo?
É, sem dúvida, uma entidade que fortalece as pautas dos municípios, onde podemos trocar e debater experiências que podem trazer benefícios para todas as regiões.
Como irá conduzir a Amunes? Quais características de gestão vai empreender à frente da Associação?
Pretendo dar continuidade às pautas iniciadas pelo Gilson, implantando também outras ferramentas e ações que ajudem as regiões capixabas no enfrentamento não só da pandemia, mas na retomada da economia dos municípios.
O senhor vai assumir em um período de agravamento da pandemia no Estado. Como será a atuação junto aos municípios para superar esse momento de crise?
Nesse momento, as realidades são comuns: crise na saúde e na economia. Precisaremos de união e diálogo para criarmos alternativas para geração de emprego e renda para a população. Todos os esforços serão voltados para isso. Teremos a missão de unir gestores num objetivo único de colocar os municípios capixabas no rumo do desenvolvimento novamente.
Qual será sua primeira iniciativa quando assumir?
Conhecer de perto, assim que possível, a realidade de cada município, suas demandas mais urgentes e iniciamos um planejamento estratégico da gestão.
Como avalia o trabalho de Gilson Daniel?
Sem dúvida, um desafio substituir um gestor como Gilson, de perfil técnico e político tão acentuado. Deixa um trabalho importante, que espero honrar e continuar seguindo.