Política

Pazolini convida Ramalho para assumir Meio Ambiente de Vitória

Ex-secretário de Segurança Pública, Coronel Ramalho ficou de dar a resposta na sexta-feira, mas disse estar inclinado a aceitar

Coronel Ramalho, Lorenzo Pazolini e Erick Musso.
Coronel Ramalho, Lorenzo Pazolini e Erick Musso. Foto: Reprodução/Redes sociais

O coronel da reserva da PM Alexandre Ramalho (PL), ex-secretário estadual de Segurança Pública e ex-candidato a prefeito de Vila Velha, poder ser o novo secretário de Meio Ambiente de Vitória.

O convite foi feito na tarde desta quarta-feira (26), numa reunião entre ele, o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o secretário de Governo e presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, na sede da Prefeitura de Vitória.

A reunião foi para oficializar o convite que, nos bastidores, já era conhecido. Ramalho ficou de dar a resposta na sexta-feira (28), mas disse que está inclinado a aceitar.

Tive uma reunião e foi feito convite, eu pedi um prazo para socializar com a família e com o PL e fiquei de dar uma resposta nessa sexta-feira. Estou inclinado a aceitar, é um desafio importante. Sempre trabalhei na área de Segurança Pública, mas acho que a segurança dialoga com todas as pastas. Tenho também um histórico de gestão na PM e na Secretaria de Segurança. Acho importante dar a contribuição a um governo sério como do Pazolini”, disse à coluna De Olho no Poder.

A possível entrada de Ramalho no secretariado de Pazolini já era cogitada, uma vez que os dois iniciaram uma aproximação, após a disputa eleitoral do ano passado.

Na verdade, Ramalho já tinha uma certa proximidade com o Republicanos. Ele chegou a ser convidado para se filiar ao partido no ano passado, mas decidiu pelo PL que teria, segundo informações de bastidores, lhe oferecido melhores condições para disputar a Prefeitura de Vila Velha.

Aliás, abrindo um parêntese, a filiação de Ramalho ao PL, depois de muitas negociações com o Republicanos, teria sido o pomo da discórdia entre as duas legendas, que ficaram em lados opostos no processo eleitoral, com direito à troca de farpas entre seus dirigentes.

No mês passado, porém, numa reunião em Brasília para colocar tudo em pratos limpos, o presidente do PL-ES, senador Magno Malta, e o presidente do Republicanos-ES, Erick Musso, resolveram deixar as brigas para trás e olhar para frente, leia-se, para as eleições do ano que vem.

O encontro de Brasília foi o pontapé inicial para que os dois partidos começassem as tratativas para uma possível aliança nas eleições de 2026. Aliança que conta, sobretudo, com uma mudança de postura por parte do PL.

Erick já defendia uma parceria entre partidos de direita que não estão à sombra do Palácio Anchieta para enfrentar o grupo de Casagrande no ano que vem.

Assim como ocorreu em 2022, o governador trabalha para a construção de uma frente ampla comprometida com o projeto de continuidade no governo do Estado, com a eleição do vice Ricardo Ferraço (MDB), e com a sua própria eleição ao Senado.

Porém, o discurso de Erick esbarrava no posicionamento do PL que, no ano passado, foi para as urnas com chapas puro-sangue, sem coligações com outras legendas.

Ao que tudo indica, esse posicionamento já começou a mudar. Em entrevista anterior à coluna, Magno Malta se mostrou aberto a caminhar com outros partidos. “Dialogaremos com todos os partidos do espectro de direita e centro-direita, mas não estaremos a reboque de ninguém”, disse o senador, em nota, na ocasião.

Cota pessoal

Porém, o convite a Ramalho não seria por conta do início das tratativas com o PL. Assim como foi o convite a Soraya Manato (PP) para assumir a Secretaria de Assistência Social, se Ramalho aceitar ir para o Meio Ambiente será por cota pessoal do prefeito, resultado da aproximação entre Pazolini e o coronel da PM.

“O convite não é por conta de cota partidária do PL, por isso que tenho que falar com o presidente do partido”, disse Ramalho.

Outras negociações estariam em curso entre o Republicanos e o PL, inclusive passando por espaços na Prefeitura de Vitória.

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Fabiana Tostes

Jornalista graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e acompanha os bastidores da política capixaba desde 2011.

Jornalista graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e acompanha os bastidores da política capixaba desde 2011.