A Executiva Nacional e a Comissão de Ética do PDT fazem reunião na manhã desta quarta-feira (17) em Brasília e terão como uma das principais pautas a dissidência de oito deputados que votaram a favor da Reforma da Previdência na última semana, contrariando a orientação do partido. O PDT deverá abrir processo disciplinar para avaliar a atuação dos parlamentares, que podem até mesmo ser expulsos.
A apuração deve durar até 60 dias. Entre os parlamentares que serão investigados está Tabata Amaral, que teve atuação destacada neste ano por fatos como o embate com o então ministro da Educação, Ricardo Vélez.
Também integram a lista os deputados Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG). Todos serão chamados a dar explicações.
Criticada por setores de esquerda e por membros do seu partido em razão do voto favorável à reforma, Tabata Amaral disse em artigo no jornal “Folha de S. Paulo” que está sofrendo “perseguição política”. Ela já havia divulgado um vídeo nas redes sociais afirmando que votaria “sim” por convicção.
Entre os membros do partido que criticaram Tabata abertamente está o presidente Carlos Lupi, que afirmou que ela defende uma “democracia de conveniência”. Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência da República, defendeu que os parlamentares que votaram a favor da reforma da previdência saiam do partido.
PSB
Os processos disciplinares que serão abertos pelo PDT não são os primeiros após a votação da reforma. Na segunda-feira (15), o Conselho de Ética do PSB abriu processo contra 11 deputados que votaram a favor da reforma da Previdência, contrariando orientação do diretório nacional do partido. Os deputados terão dez dias para apresentar defesa.
Após análise do caso, os parlamentares poderão ser advertidos, suspensos ou mesmo expulsos.
* Com informações do Portal R7.