A tecnologia pode não ter ajudado o procurador da República Deltan Dallagnol chegar em Vitória, mas contribuiu bastante para que a palestra dele se realizasse nesta terça-feira (22), no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, no Ministério Público do Espírito Santo.
O procurador e coordenador da Operação Lava Jato teve um problema na conexão na vinda para a Capital capixaba e não participou presencialmente do lançamento da campanha nacional “10 medidas contra a corrupção” no Estado. Através do smartphone, ele conversou com um auditório lotado.
O objetivo do evento é obter o engajamento de instituições parceiras e órgãos públicos na disseminação da campanha. O Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal assinaram no dia 14 deste mês um acordo com cooperação técnica para a realização da campanha.
A ideia é que a sociedade civil se torne um agente multiplicador no combate á corrupção. Para tanto deverá assinar as propostas para a modificação das leis que tornam mais duras as punições aos corruptos.
Durante sua palestra não presencial, Dallagnol destacou que a corrupção não é exclusiva de um partido A ou B, mas é sistemática no país.
As medidas são uma forma de promotores e procuradores apresentarem sugestões de forma que em algum momento elas se tornem leis. Mas para que isto aconteça, é necessário que sejam aprovadas no Congresso Nacional. A intenção é que as propostas alcancem o apoio popular.
A coleta de assinaturas já alcançou a marca de 250 mil no país inteiro. Mas para que sejam apresentados projetos de iniciativa popular no Congresso Nacional, são necessárias um milhão e 500 mil assinaturas.
O procurador Deltan Dallagnol atua como coordenador da força-tarefa do MPF na operação Lava Jato, que investiga a atuação de políticos, empreiteiros e servidores públicos na contratação de obras e serviços na Petrobras.
Quem tiver interesse de saber como participar da campanha, basta acessar o site www.10medidas.mpf.mp.br<http://www.10medidas.mpf.mp.br/>.