Os 15 minutos de pronunciamento da presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo (8) foram acompanhados de um panelaço em várias partes do País. No Espírito Santo, alguns bairros tiveram panelaços e vaias durante a exibição do vídeo. Os petistas capixabas comentaram a manifestação contra o Governo Federal.
Para o deputado estadual Padre Honório, a manifestação faz parte do jogo democrático. Ele considerou normal e afirmou que as pessoas têm o direito de se manifestar.
“Acho que foi uma manifestação normal de pessoas que estão insatisfeitas. Outras pessoas também se manifestaram em favor da presidente. Só nos próximos dias e meses que vamos saber se as pessoas estão dispostas ou não a colaborar. Houve manifestação antes, durante e continuará havendo depois do pronunciamento. Elas têm a liberdade de reclamar e de se manifestar. É nesse sentido que vejo a normalidade. É engrandecedor dizer o que estamos sentindo, desde que não haja manipulação”, destacou o deputado Padre Honório.
Para o também deputado estadual José Carlos Nunes, a manifestação partiu que pessoas que ainda não se conformaram com o resultado das eleições do ano passado.
“É preciso olhar em quais bairros aconteceu esse tipo de manifestação. São aquelas pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições do ano passado. Na minha região, por exemplo, a Grande Cobilândia, não tivemos esse tipo de manifestação. Alguns setores da imprensa estão dando repercussão a uma meia dúzia de pessoas. Nós já tivemos manifestações numéricas convocadas por setores da sociedade organizada e nunca deu tanta repercussão. Foi manifestação de bairros nobres”, defendeu Nunes.
O deputado federal Helder Salomão considerou normal as manifestações durante o pronunciamento da presidente. “Respeitar não significa concordar. Acho que o pronunciamento foi algo normal. Quem governa tem que liderar, tem que esclarecer a população. Acho que o pronunciamento poderia ter acontecido antes, mas a equipe de governo avaliou e escolheu que o Dia Internacional da Mulher o momento certo. Na democracia, as manifestações são normais. É um direito garantido”, avaliou Salomão.
De entendimento semelhante, o deputado federal Givaldo Vieira considerou as manifestações atos democráticos, mas questionou os locais onde aconteceram.
“Vivemos em um país democrático onde as pessoas podem se manifestar livremente. Mas devemos observar em que locais as manifestações aconteceram. Pudemos sentir a intolerância das classes média alta e alta que não concordam com um governo que priorizou as classes C e D. Esse é um governo que levou mais dignidade e mais direitos às pessoas. São classes que hoje enchem os aeroportos, locais que eram reservados à elite, enchem o trânsito com novos veículos, porque o governo levou mais oportunidade”, analisou o parlamentar petista.