Política

PF abre 29° fase da Operação Lava Jato que investiga ex-assessor

Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba em investigação de crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa

A Polícia Federal deflagrou a Operação Repescagem nesta segunda-feira Foto: Agência Brasil

O ex-assessor do PP João Cláudio Genu – condenado no mensalão – foi preso na manhã desta segunda-feira, 23, em Brasília, alvo da 29ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Repescagem. O ex-assessor do PP foi preso em um hospital, como acompanhante de uma pessoa.

Outros dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife.

Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba/PR em procedimento que investiga os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso revelado no âmbito da Petrobras.

Genu foi assessor do ex-deputado federal José Janene (morto em 2010) e tesoureiro do Partido Progressista. Ele foi denunciado na Ação Penal 470 do STF (Mensalão), acusado de sacar cerca de R$ 1,1 milhão de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista.

Naquela ação, foi condenado no julgamento pelo plenário do Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem, mas houve prescrição quanto a corrupção e lavagem, sendo posteriormente absolvido no julgamento dos sucessivos embargos infringentes sob o argumento de atipicidade.

Agora, a Lava Jato aponta que Janene continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado, até o ano de 2013.

Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda nesta segunda-feira, 23, para a PF em Curitiba.

Maiores informações serão dadas na coletiva de imprensa que será concedida às 10h00 no auditório da Superintendência da PF em Curitiba/PR.

A operação

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (23) a 29ª fase da Lava Jato, Operação Repescagem, que cumpre seis mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba em investigação de crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo verbas desviadas da Petrobras.

Um dos investigados, João Cláudio Genu, foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro informal do PP. Genu foi, juntamente com Janene, denunciado na Ação Penal 470, do Supremo Tribunal Federal – conhecida como Mensalão – acusado de sacar cerca de R$ 1,1 milhão em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação, controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para repassar a parlamentares federais do Partido Progressista.

À época do Mensalão, Genu foi condenado pelo STF por corrupção e lavagem de dinheiro, mas houve prescrição quanto ao crime de corrupção e, quanto ao crime de lavagem de dinheiro, ele foi posteriormente absolvido no julgamento de vários embargos infringentes.

De acordo com a Polícia Federal, durante as investigações da Lava Jato, surgiram indícios da participação de Genu também no esquema de corrupção envolvendo contratos com a Petrobras. As investigações indicam que ele continuou recebendo repasses mensais de propina, mesmo durante o julgamento do Mensalão e após ter sido condenado. Os repasses ocorreream, no mínimo, até 2013.

A 29ª fase da Lava Jato foi batizada de Repescagem justamente porque o principal investigado já foi condenado na ação do Mensalão. Os presos e o material apreendido serão levados ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba.