Quase um ano depois que o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado durante um ato de campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG), a Polícia Federal pediu prorrogação do inquérito que apura o crime em mais 90 dias. O pedido foi encaminhado para o Ministério Público Federal.
Segundo a PF, o pedido foi feito já que, em 15 dias, no dia 18 de setembro, o TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) vai julgar um mandado de segurança que pede a suspensão das investigações acerca do advogado de Adélio Bispo de Oliveira, o agressor de Bolsonaro.
A ação é assinada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que diz que é ilegal a análise no celular do advogado Zanone de Oliveira Júnior.
Em contato com a reportagem, o advogado Zanone de Oliveira Júnior diz que vê com “normalidade”, o pedido da Polícia Federal.
“Acho normal o pedido da PF, já que o Código Penal permite isso e que, também, para eles, esta teoria da conspiração é interessante”.
Uma das linhas de investigação da Polícia Federal sobre o caso da facada no presidente Jair Bolsonaro é tentar saber se há alguém que banca os honorários de Zanone.
Inimputável
O agressor de Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira, está preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso. Ele foi absolvido por modo impróprio pela Justiça Federal por ser considerado inimputável.
Isso porque Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante persistente. O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora, determinou que ele fique internado dentro do presídio por um prazo mínimo de três anos, quando ele passará por uma nova perícia médica.
A defesa do presidente Jair Bolsonaro não recorreu da decisão da Justiça Federal em Juiz de Fora.
* Com informações do portal R7