Gastos públicos

Prefeitura de Cachoeiro pode criar cargos comissionados e secretarias

Proposta de Theodorico Ferraço é reorganizar a estrutura administrativa do município para reduzir os gastos com empresas terceirizadas

O prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço
Foto: Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim

Três novas secretarias municipais e 87 cargos comissionados devem ser criados em Cachoeiro de Itapemirim. Esta é a proposta do prefeito da cidade, Theodorico Ferraço (PP), para reestruturar a organização administrativa do município.

De acordo com o mandatário, a medida vai otimizar a gestão e reduzir os gastos públicos. “A criação desses cargos vai gerar uma economia significativa para os cofres públicos, além de melhorar a nossa capacidade de ação na cidade e no interior”.

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Segundo a prefeitura, atualmente o município enfrenta dificuldades para contratar profissionais devido aos baixos salários oferecidos. Sendo assim, são contratadas empresas terceirizadas para fornecer os serviços, o que resulta em custos elevados para a administração.

Uma única empresa, conforme a gestão, chegou a receber mais de R$ 17 milhões em contratos de aluguel de máquinas e operadores. Com a economia, Ferraço pretende investir os recursos na área da saúde.

A reestruturação e os novos cargos, então, servirão para que a prefeitura de Cachoeiro controle a operação de máquinas sem a dependência de empresas terceirizadas e reinvista os valores.

“Vamos colocar nosso maquinário para trabalhar. Estamos preparando quatro equipes, sendo três para o interior e uma para a cidade, com caminhões e máquinas”, explicou o prefeito.

Reestruturação administrativa

Para aumentar a eficiência das pastas municipais, será criada a Gerência Geral, a ser comandada pelo vice-prefeito da cidade, Júnior Corrêa (Novo). Além disso, a Secretaria de Manutenção e Serviços será desmembrada em outras duas: Secretaria Municipal de Transportes e Secretaria Municipal de Interior – que serão reativadas.

Já os demais cargos serão distribuídos entre a Secretaria Municipal da Fazenda, a de Governo e Planejamento Estratégico, e aos demais órgãos que necessitem de assessores operacionais para lidar com o maquinário da cidade.

O impacto financeiro da medida está calculado em mais de R$ 6 milhões por ano, sendo R$ 503 mil por mês. O orçamento foi encaminhado à Câmara Municipal para ser analisado e votado pelos vereadores.

De acordo com a prefeitura, a gestão também está analisando e revisando contratos com o objetivo de reduzir os custos do município.

Julia Camim Editora de Política
Editora de Política
Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico