Política

Presidente compara covid-19 a chuva: 'vai molhar, mas vai passar

Em entrevista ao programa Pingos nos Is, da Rádio Jovem Pan News, Presidente condenou mais uma vez alarmismo de governadores e prefeitos

Foto: reprodução do youtube

“Esse vírus é igual a chuva. Vai molhar muita gente, mas vai passar”. Essa foi uma das declarações do presidente Jair Bolsonaro durante entrevista ao programa Pingos nos Is, na rádio Jovem Pan News. Por quase uma hora, Bolsonaro respondeu a perguntas de Vitor Brown, Augusto Nunes e José Maria Trindade e disse que o governo já destinou mais de R$ 600 bilhões para o combate do Coronavírus.

“Só hoje assinei quatro medidas: uma para compra de R$ 9 bilhões em equipamentos de saúde; outra de R$ 16 bilhões para estados e municípios; Uma de R$ 56 bilhões, que estão chamando de Medida Provisória Trabalhista, para atender microempreendedores, para evitar demissões, manter empregos e pagar parte de salários e outra de R$ 98 bilhões, que são os R$ 600 por mês para os informais”, disse o Presidente.

Muito questionado sobre a postura de pedir com frequência a abertura do comércio nos estados, o presidente criticou “alguns” governadores e disse que a prioridade do governo federal é salvar vidas, mas é preciso se preocupar com o futuro do País.

“A disposição do governo é na luta pela vida. Mas nós temos dois problemas: um é o vírus e o outro é o desemprego e os dois não estão dissociados. Eu não posso simplesmente cuidar da doença e dar uma paulada na testa de 38 milhões de trabalhadores que não terão de onde tirar seu sustento”.

E o Presidente foi além. Fez um apelo a governadores e prefeitos que impuseram o fechamento do comércio em função do Coronavírus. “Apelo a governadores e prefeitos que revejam suas posições. Para se ter uma ideia, 3 mil casas lotéricas foram fechadas por decreto no  País e é um absurdo porque, em algumas cidades, é a forma que a população tem de acessar  serviços bancários, pagar contas. Isso é um excesso e não tem condição de fazer”.

Sobre as pressões para tomar medidas, pedidos de impeachment ou até mesmo renúncia, Bolsonaro descartou completamente. “Fico feliz de estar aqui neste momento e vou cumprir a missão. Não há possibilidade de renunciar. Sobre a notícia que um jornal publicou de que eu teria chorado, é só mais uma fake news. Todos os dias são quatro ou cinco fake news sobre mim”.

E falando em fake news, o Presidente afirmou que cometeu um erro ao publicar um vídeo que mostraria um suposto desabastecimento na Ceasa de Belo Horizonte, em Minas. Ele admitiu o erro. “Eu já pedi desculpas por isso, cometi o erro de não checar. Mas eu confirmei com a ministra Tereza Cristina (Agricultura) que o movimento lá só caiu um pouquinho, nada demais. Sou eu mesmo e mais duas pessoas que acessam minhas redes sociais. Quem fez o vídeo me passou, mordi a isca e estou pagando o preço”.