Política

Presidente da Câmara da Serra anula sessão que votou orçamento

A tumultuada sessão que votou o orçamento da Serra foi realizada no dia 31, às 18 horas, e aprovou um orçamento de R$ 1.354.500.000,00 para o exercício de 2015

Sessão que votou orçamento da Serra foi anulada. A presidente irá convocar sessões ordinárias Foto: ​Divulgação

Depois de se reunir com os presidentes das comissões de Finanças e Orçamento, Aldair Xavier (PTB), e o de Legislação, Justiça e Redação Final, Basílio da Saúde (PROS), nesta quarta-feira (14), a presidente da Câmara da Serra, Neidia Pimentel (SDD), anulou a sessão que aprovou o orçamento do município, realizada no apagar das luzes de 2014.

A tumultuada sessão que votou o orçamento da Serra foi realizada no dia 31, às 18 horas, e aprovou um orçamento de R$ 1.354.500.000,00 para o exercício de 2015. Ocorre que, havia uma emenda destinada à Câmara no valor de R$ R$ 4.230.000,00, valor que foi rejeitado pelos vereadores que permaneceram em plenário depois que 10 vereadores se retiraram.

A manifestação do parlamentares foi por não concordarem com a falta de debate em torno do orçamento da Serra.

Os vereadores que votaram o orçamento são os mesmos que tentaram impedir a posse da atual presidente, Neidia Pimentel, que foi eleita para a Mesa Diretora no dia 2 de junho de 2014. O grupo tentou, por via judicial, realizar novas eleições. Mas, à época, a Justiça negou todas as investidas

Mas, depois de uma votação modificando o Regimento Interno da Casa, o grupo chegou a marcar nova eleição. Na madrugada do dia 31 de dezembro, a Justiça determinou a suspensão do processo eleitoral, que estava marcado para 10 horas. O então presidente, Guto Lorenzoni (PP), acatou a decisão. Mas manteve a votação do orçamento 2015 para uma sessão ordinária, às 18 horas.

“Fui eleita para guardar a legislação municipal, estadual e federal, dentro desta Casa de Leis, e trabalhando com ética, moralidade e transparência. Não vou, nestes dois anos de mandato que temos pela frente, me furtar a esses princípios, para satisfazer ninguém a não ser o povo da Cidade da Serra”, afirmou a presidente Neidia.

Segundo ela, essa atitude não prejudica em nenhum momento os serviços da Prefeitura e da Câmara, que também sofrem com tal decisão, pois enquanto o orçamento não é aprovado, os poderes trabalham com um doze avos do orçamento.