O presidente da Câmara de Cariacica, Lelo Couto (MDB), assinou nesta terça-feira (28) um termo de cooperação técnica entre as Câmaras de Cariacica e de Viana para a construção da nova sede do Legislativo cariaciquense.
Prioridade da gestão de Lelo, que foi reeleito para ser presidente da Casa até o ano que vem, a construção da nova sede deve custar cerca de R$ 10 milhões e, segundo Lelo, será custeada com recursos da Câmara. “Vai ser construída com a economia de recursos que faremos nesse ano”.
Segundo Lelo, a Prefeitura doou um terreno de 5 mil metros quadrados, em Campo Grande, para o Legislativo e a construção deve ser iniciada ainda nesse ano com previsão de entrega para o ano que vem.
A assinatura do termo de cooperação visa a cessão do mesmo projeto utilizado na recém-construída Câmara de Viana. Segundo Lelo, o projeto será reutilizado porque a planta do terreno onde será construída a nova Câmara seria parecida com a área de Viana.
“Com a assinatura do termo eu vou economizar dinheiro e tempo, porque a Câmara de Viana vai nos ceder o projeto que eles utilizaram lá. Nós vamos fazer alguns ajustes, até porque precisaremos construir mais gabinetes, pois temos mais vereadores, mas vai facilitar muito, porque eu gastaria no mínimo seis meses só para fazer o projeto, fora a grana a ser investida”, explicou Lelo.
A nova sede vai concentrar num único lugar – na avenida Alice Coutinho, em Campo Grande – o plenário, os gabinetes e toda a parte administrativa da Câmara. Hoje os gabinetes são alugados e o plenário, segundo Lelo, está em péssimas condições: “Quando chove, não conseguimos ter sessão”.
Segundo ele, o termo deve ser publicado no Diário do Legislativo de amanhã (29) e, assim que forem concluídos os ajustes no projeto cedido, Lelo lança o edital para a licitação da obra. “Quero entregar a nova Câmara ainda no meu mandato como presidente”, afirmou.
Continua no MDB?
Lelo é aliado de primeira hora do prefeito Euclério Sampaio (MDB), recebeu apoio dele para ser reeleito presidente, em chapa única, para mais um mandato, mas, ao menos por enquanto, não deve migrar para o União Brasil – partido a ser comandado por Euclério.
“Como vereador, eu não posso mudar de partido se não tiver uma carta de anuência do presidente (Ricardo Ferraço, vice-governador), porque corro o risco de perder meu mandato. Também não falei com o prefeito a respeito”, disse Lelo.
A possibilidade de perder o mandato é devido ao que prevê a legislação eleitoral que, em cargos proporcionais, considera que o mandato pertence ao partido. Caso deixe a legenda sem anuência do presidente partidário ou autorização da Justiça Eleitoral, Lelo corre o risco de perder a cadeira de vereador por infidelidade partidária.
O presidente da Câmara disse que teria contribuído para que Euclério deixasse, no ano passado, o União para concorrer à reeleição pelo MDB. Agora, que o prefeito está fazendo caminho inverso, Lelo está analisando se o segue também.
Numa articulação envolvendo o governador Renato Casagrande (PSB), o vice Ricardo Ferraço (MDB), o presidente da Assembleia, Marcelo Santos (União), e o presidente nacional do União, Antonio de Rueda, ficou acertado que, a partir do mês que vem, Euclério irá se filiar ao União e presidirá a sigla no Estado.
Licença
Questionado se o prefeito teria renovado pedido de afastamento, para tratamento de saúde, à Câmara, Lelo disse que “ainda não”. A licença de Euclério teve o prazo expirado no último dia 23.
O prefeito foi internado, no último dia 9, para um transplante de rim. Teve alta, mas precisou voltar ao hospital por conta de uma infecção urinária. Foi internado novamente e, segundo relatou à coluna De Olho no Poder na manhã de ontem (27), não tem previsão de alta.
A vice-prefeita, Shymenne de Castro, assumiu interinamente o comando do município.
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