A militância do PT tem se articulado a fim de pressionar o diretório do partido a decidir pelo desembarque do governo estadual, apontado como o responsável pelos votos dos deputados federais capixabas favoráveis ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Entre as medidas adotadas está um abaixo-assinado, que conseguiu 96 nomes e será protocolado nesta semana. O documento tem como foco principal a convocação de um diretório amplo para debater e decidir a saída imediata do governo Hartung.
No sábado (21) estava marcada uma reunião do diretório para debater o assunto, mas a pressão da militância para também fazer parte do encontro fez a sessão cair. “Não esvaziaram a reunião por conta da nossa presença, mas por não quererem abrir para a gente, que não é do diretório”, comentou Max Dias (PT).
Pré-candidato à prefeitura de Vitória, mas sem exercer nenhum cargo político, Max Dias afirmou que os questionamentos dos militantes, de não poder participar, foram motivados pela presença de parlamentares, prefeitos e outros políticos que não fazem parte do diretório do partido.
Outra medida estudada é tentar forçar a convocação de uma nova reunião do diretório, aproveitando-se do estatuto do partido, com o apoio dos membros que são a favor da saída da base aliada do governo estadual e dos militantes.
A ação seria uma outra forma de pressionar grupos do PT que são contrários à saída da base aliada do governo.